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Neres, o camisola amarela que percebeu que era preciso um sprint (a crónica do Estoril-Benfica)

Este artigo tem mais de 1 ano

Benfica teve de suar para afastar o Estoril da Taça depois de ter goleado na Amoreira no domingo e viu Neres ser o camisola amarela que percebeu que era preciso acelerar para não correr riscos (0-1).

GD Estoril Praia v SL Benfica - Portuguese Cup
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O avançado brasileiro abriu o marcador já na segunda parte

DeFodi Images via Getty Images

O avançado brasileiro abriu o marcador já na segunda parte

DeFodi Images via Getty Images

Passaram três dias mas o relvado era o mesmo, as equipas eram as mesmas e os treinadores eram os mesmos — só mudava a competição. Depois de ter ido à Amoreira golear o Estoril no domingo, o Benfica regressava para defrontar os estorilistas na quarta ronda da Taça de Portugal e na partida de apuramento para os oitavos de final.

Na antecâmara da paragem das competições internas para dar lugar ao Mundial do Qatar, os encarnados tropeçavam numa eliminatória da Taça num período de enorme produção qualitativa e quantitativa: golearam Desp. Chaves, Maccabi Haifa e Estoril de forma consecutiva, com 16 golos marcados e dois sofridos em três jogos, carimbaram o primeiro lugar do grupo da Liga dos Campeões e levam oito pontos de vantagem na liderança da Liga. Roger Schmidt, porém, não quer euforias.

Ficha de jogo

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Estoril-Benfica, 0-1

Quarta ronda da Taça de Portugal

Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril

Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria)

Estoril: Dani Figueira, Tiago Santos, Vital, Pedro Álvaro (Mexer, 73′), Tiago Araújo (Gonçalo Esteves, 80′), Ndiaye, João Carvalho, Tiago Gouveia (Gilson, 73′), Francisco Geraldes, Delos (Léa Siliki, 73′), João Carlos (Rosier, 55′)

Suplentes não utilizados: Pedro Silva, Serginho, Yusuf, Marqués

Treinador: Nélson Veríssimo

Benfica: Vlachodimos, Alexander Bah (Gilberto, 77′), Otamendi, António Silva, Grimaldo, Florentino, Enzo, David Neres, Rafa (Chiquinho, 88′), João Mário (Diogo Gonçalves, 77′), Musa (Henrique Araújo, 65′)

Suplentes não utilizados: Helton Leite, John Brooks, Lucas Veríssimo, João Victor, Ristic

Treinador: Roger Schmidt

Golos: David Neres (66′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Ndiaye (15′), a David Neres (25′), a João Carvalho (35′), a Pedro Álvaro (39′), a Mexer (79′); cartão vermelho direto a Francisco Geraldes (47′)

“Ainda estamos no início da temporada. Claro que estamos num bom ritmo e o início da época está a ser bom para nós mas não estou a pensar nisso. Ainda não ganhámos nada. Estamos a tentar desenvolver a equipa, somos humildes e estamos sempre preparados para o próximo jogo. Se continuarmos assim podemos ter uma temporada excelente mas nada está ganho. É bom ter os adeptos felizes, gosto disso, porque a nossa maior motivação é fazê-los felizes e orgulhosos. Damos tudo pelo Benfica em campo mas primeiro temos de conquistar algo”, explicou o treinador alemão na antevisão da partida.

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E Schmidt acabou por comprovar essa linha de pensamento na hora de escolher o onze inicial. O técnico encarnado não fazia poupanças — nem sequer na baliza, onde Vlachodimos mantinha a titularidade em detrimento de Helton Leite — e só realizava uma alteração em comparação com a partida de domingo, trocando Chiquinho por David Neres. Gonçalo Ramos voltava a não aparecer na ficha de jogo, estando ainda a recuperar do problema muscular que sofreu contra o Maccabi Haifa, e Musa era a referência ofensiva encarnada.

O jogo começou muito partido, com o Estoril a ter as primeiras aproximações mais perigosas à baliza adversária. Tiago Araújo protagonizou um lance interessante, com um cruzamento que atravessou toda a área do Benfica sem ser desviado (8′), e os encarnados responderam na mesma moeda com um cruzamento de Bah a que Musa chegou atrasado (10′). Tiago Gouveia teve nos pés a primeira oportunidade do jogo, com um remate de fora de área que passou por cima (12′), e Grimaldo foi o responsável pela melhor ocasião até ao intervalo com um livre direto que acertou em cheio na trave (17′).

O Benfica começou a conquistar um ascendente claro a partir da meia-hora, passando a construir no meio-campo adversário e empurrando o Estoril para o último terço. A equipa de Roger Schmidt atuava principalmente pelo corredor direito e pela faixa central, algo que deixava João Mário afastado da movimentação ofensiva — o que era naturalmente prejudicial à qualidade da definição encarnada. Rafa ficou muito perto de abrir o marcador ao aparecer isolado na cara de Dani Figueira na sequência de um passe brilhante de Enzo (30′), Vlachodimos ainda foi forçado a uma intervenção apertada após cabeceamento de João Carlos (37′) e António Silva aproximou-se de voltar a marcar com um pontapé que passou por cima da trave (41′).

No fim da primeira parte, Benfica e Estoril estavam empatados ainda sem golos e os encarnados iam esbarrando numa organização defensiva estorilista que já tinha ficado patente no passado domingo mas que, esta quarta-feira, ainda não tinha sido desbloqueada. João Mário fazia falta à criatividade do ataque, Neres tinha pouco espaço para desequilibrar, Rafa surgia mais perdulário do que o normal e Musa era pouco alimentado — e o Benfica ia para a segunda parte com ainda tudo por decidir na quarta ronda da Taça de Portugal.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Estoril-Benfica:]

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo mas o jogo alterou-se logo nos instantes iniciais da segunda parte: Francisco Geraldes fez falta sobre Rafa quando o avançado seguia isolado para a baliza e viu cartão vermelho direto, deixando o Estoril reduzido a 10 elementos com 45 minutos por jogar. O Benfica catapultou-se naturalmente para o ataque com a superioridade numérica e acumulou oportunidades, com Dani Figueira a negar o golo a Grimaldo (48′) e a Rafa (53′).

Nélson Veríssimo foi o primeiro a mexer para reorganizar a equipa, trocando João Carlos por Rosier, e Roger Schmidt respondeu com a entrada de Henrique Araújo para o lugar de Musa. O golo apareceu pouco depois: Dani Figueira falhou a abordagem a um cruzamento vindo da direita, a bola sobrou para David Neres e o brasileiro assinou um pontapé de bicicleta brilhante para abrir o marcador (66′).

Veríssimo voltou a mexer com uma tripla alteração, até porque o Benfica estava por cima mas existia muito espaço nas costas dos encarnados para explorar a profundidade, e Schmidt reagiu com as entradas de Diogo Gonçalves e Gilberto para injetar energia e velocidade na equipa. Os encarnados mantiveram um controlo aparente do jogo, até porque o Estoril criava perigo sempre que se aproximava da baliza adversária e ainda viu Vlachodimos evitar um golo de Gonçalo Esteves (88′), e acabaram por conseguir segurar a vantagem mínima até ao fim.

O Benfica venceu o Estoril na Amoreira e garantiu o apuramento para os oitavos de final da Taça de Portugal, juntando-se ao FC Porto na próxima fase da competição e mantendo-se em jogo num dos principais objetivos da temporada. No fim, David Neres foi o camisola amarela que pegou na bicicleta e percebeu que era preciso um sprint para não deixar que a eliminatória voltasse a chegar ao prolongamento que complicou tudo contra o Caldas.

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