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Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, abandonou o G20 esta terça-feira, mas antes de ser substituído pelo ministro das Finanças, o chefe da diplomacia russa fez questão de alertar que “todos os problemas que existem são do lado ucraniano” e que a Ucrânia tem feito pedidos “irrealistas” à Rússia, em relação às negociações.

G20: chefe da diplomacia russa deixa Bali e é substituído pelo ministro das Finanças

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“Gostávamos de ver provas concretas de que o Ocidente está realmente interessado em disciplinar Zelensky, explicando-lhe que a situação não pode continuar, que não estes não são os interesses dos ucranianos”, sublinhou Lavrov, citado pelo Telegraph.

Estas declarações foram dadas depois de uma reunião que decorreu esta terça-feira em Bali, na Indonésia. E, nesse encontro estiveram Lavrov, em representação da Rússia, o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz.

Nos bastidores, EUA estão a tentar convencer Ucrânia a negociar paz com a Rússia

Aliás, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo disse que a Alemanha e a França já estão a par destes problemas. A Ucrânia “está a recusar categoricamente as negociações, apresentando condições que são irrealistas”.

Scholz e Macron estão perfeitamente cientes de que este processo (de negociações) está a ser prejudicado pela Ucrânia que, aliás, através de leis, de um decreto de Zelensky, proíbe negociações com a Federação Russa”, acrescentou Lavrov.

Já no início do mês, o jornal The Washington Post deu conta da tentativa que os Estados Unidos estariam a fazer para convencer a Ucrânia a negociar com a Rússia. E vários países na Europa, Ásia e África têm também demonstrado preocupação sobre o facto de Zelensky recusar negociar com Putin nos últimos meses. O Presidente ucraniano admitiu negociar com a Rússia nos primeiros meses da guerra — as duas delegações chegaram a reunir várias vezes –, mas o diálogo tem sido agora impossível.