O Tribunal Revolucionário de Teerão condenou este domingo um sexto arguido à morte pela participação nos protestos contra o uso obrigatório do véu islâmico, informou a Mizan Online, agência noticiosa da Autoridade Judicial.

O arguido foi considerado culpado de ter “puxado de uma faca com a intenção de matar, de semear o terror, de criar insegurança na sociedade durante os recentes motins”, explica a Mizan Online. O tribunal decidiu que o condenado era um mohareb (“inimigo de Deus” em persa)”, acrescentou a agência.

Nos últimos dias, outros cinco “desordeiros” — conforme a classificação das autoridades judiciais iranianas –, também foram condenados à morte pelo Tribunal Revolucionário. Os arguidos podem recorrer da sentença para o Supremo Tribunal.

A República Islâmica do Irão foi abalada por uma onda de protestos desde a morte, em 16 de setembro passado, de Mahsa Amini, uma iraniana curda de 22 anos que estava detida pela polícia moral por quebrar o rígido código de vestuário para as mulheres no país.

As autoridades denunciam “motins” incentivados pelo Ocidente e prenderam milhares de pessoas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR