Perfilados lado a lado, os jogadores da seleção do Irão ouviram o hino do país sem cantar uma única palavra. Desta forma, em silêncio, a equipa liderada por Carlos Queiroz demonstrava o seu apoio aos protestos contra o regime de Teerão que têm saído às ruas do país nos últimos tempos – e que começaram devido à morte de uma jovem iraniana pela polícia de costumes.

À atitude da seleção iraniana, que levou muita gente às lágrimas no estádio, juntaram-se outras formas de apoio aos manifestantes iranianos. Nas bancadas onde estavam os adeptos do Irão, multiplicaram-se os cartazes em defesa das mulheres, da liberdade e da vida: três palavras símbolo da luta contra a repressão.

A luta pelos direitos humanos também entrou em campo com a seleção britânica. Levando para o Mundial um ritual da Premier League, os jogadores ingleses ajoelharam-se antes do início da partida.Um gesto que pretende, também ele, alertar para a importância da defesa dos direitos humanos.

Harry Kane apelou à “Não à Discriminação”, acabando mesmo por não usar a braçadeira arco-íris de apoio à comunidade LGBTQIA+, perseguida no Qatar. A decisão surge depois de pressões exercidas pela FIFA, que ameaçou repreender as seleções que usassem a referida braçadeira com um cartão amarelo automático para os capitães. A solução encontrada pelo organismo que lidera o futebol mundial foi antecipar o uso da braçadeira “Não à discriminação”, uma campanha que estava prevista apenas a partir dos quartos de final do Mundial.

Veja, no topo deste artigo, uma fotogaleria dos minutos que antecederam o jogo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR