Um grande grupo de manifestantes pró-Bolsonaro, que contesta os resultados das eleições presidenciais que deram a vitória a Lula da Silva, em outubro, invadiu primeiro o Congresso, depois o Palácio do Planalto, sede do governo brasileiro, entrando ainda no Supremo Tribunal.

Nas redes sociais, já circulam várias imagens que, este domingo, 8 de janeiro, mostram os manifestantes nos diferentes edifícios localizados na Praça dos Três Poderes, bem como os danos provocados pela invasão, desde vidros partidos, a mobiliário destruído.

Numa publicação, Renato Souza, repórter do Portal R7, relatou que os invasores tentavam “forçar a entrada no plenário da Câmara”, falando ainda na utilização de gás lacrimogéneo, por parte da autoridades no Salão Verde, que se situa já dentro do edifício.

Outras imagens dão conta de manifestantes a destruírem a sala principal do Supremo Tribunal. Também no Palácio do Planalto é possível observar-se o mobiliário destruído.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Já imagens da CNN Brasil mostram o momento em que um grupo com dezenas de manifestantes rompem a barreira de segurança, avançando em direção à Esplanada dos Ministérios. Também aqui as forças de segurança recorreram ao gás lacrimogénio, ainda que não tenham sido capazes de travar o avanço dos manifestantes.

Ainda assim, outras imagens nas redes sociais — publicadas também pelo G1, site da Rede Globo — mostram as autoridades em convivência mais pacífica com os invasores, conversando com eles e tirando-lhes fotografias.

De acordo com as declarações do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Luciano Bivar, à CNN Brasil, novos contingentes militares estão ser enviados para o Congresso e para o Palácio do Planalto. “Haverá reforço da política militar”, disse.

Além disso, o responsável avisou que os manifestantes responderão perante a Justiça e haverá novas leis que evitarão protestos do género: “A legislativa responderá à altura com legislação eficaz.”

Sérgio Moro, senador e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro e juiz da Lava Jato, condenou os protestos e pediu aos manifestantes que se retirassem “antes que a situação se agrave”. “Protestos têm que ser pacíficos. Invasões de prédios públicos e depradação não são resposta”, escreveu.

Lula da Silva, presidente do Brasil, está longe de Brasília, em Araraquara, no interior do Estado de São Paulo, para avaliar o impacto das cheias dos últimos dias na região.