A presidente executiva da TAP deverá ser ouvida na comissão parlamentar de economia e obras públicas no dia 18 de janeiro de manhã. A audição foi requerida a título potestativo pelo Chega depois de o PS ter rejeitado na semana passada a maioria dos pedidos de audição feitos pelos partidos da oposição sobre o caso da indemnização a Alexandra Reis. A exceção foi Fernando Medina, ministro das Finanças, que prestou esclarecimentos na sexta-feira passada.

TAP mantém silêncio sobre caso Alexandra Reis e só esclareceu que ex-diretora (casada com Medina) saiu sem indemnização

Christine Ourmières-Widener tem estado em silêncio desde que rebentou a polémica sobre a saída negociada da ex-administradora da TAP que foi nomeada e exonerada do cargo de secretária de Estado do Tesouro. A sua audição realiza-se quando já se sabe que vai avançar uma comissão parlamentar de inquérito proposta pelo Bloco de Esquerda que irá centrar-se neste caso e nas remunerações dos administradores, mas também na gestão pública da TAP entre 2020 e 2022.

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Costa não tem dúvidas. Alexandra Reis devia ter devolvido parte do que recebeu da TAP quando foi para a NAV

Esta quarta-feira no debate parlamentar, António Costa censurou a ex-administradora da TAP, considerando que Alexandra Reis tinha violado o estatuto do gestor público ao não ter devolvido uma parte da indemnização de 500 mil euros paga pela transportadora quando foi nomeada presidente de outra empresa pública, a NAV. O primeiro-ministro foi mais conciliador com a administração da TAP, defendendo a necessidade de estabilidade e remetendo a sua avaliação para os resultados da empresa. A validade jurídica do processo de negociação com Alexandra Reis está a ser avaliada por uma auditoria pedida à Inspeção-Geral de Finanças.