Já começam a ser conhecidos alguns preparativos da coroação do rei Carlos III, que está marcada para dia 6 de maio. O hino da cerimónia foi encomendado ao premiado compositor inglês Andrew Lloyd Weber, responsável pela banda sonora de musicais tão conhecidos como “Cats” ou “O fantasma da ópera”.

Como escreve a Associated Press, esta será uma das doze peças musicais que o novo rei encomendou e escolheu “pessoalmente” para esta ocasião, que acontece pela primeira vez desde 1953, ano em que a rainha Isabel II sucedeu ao pai, Jorge VI.

O hino composto por Lloyd, que disse em comunicado esperar que a peça reflita a natureza “alegre” da ocasião, vai incluir trechos do salmo 98 da Bíblia e foi pensado especificamente para o coro e o órgão da abadia de Westminster.

A ideia de Carlos III passará por misturar, durante a cerimónia, músicas mais antigas e mais recentes. O novo rei quererá usar a oportunidade para “mostrar talentos” de todo o Reino Unido e da Commonwealth, numa montra de “inclusividade e diversidade”, explica o Telegraph.

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Lloyd Weber é um dos compositores favoritos da família real britânica, tendo atuado no Jubileu de Diamante da rainha, em 2012 (a celebração dos 60 anos do seu reinado), assim como no Jubileu de Platina (70 anos) no ano passado.

O Telegraph adianta ainda que o rei também solicitou que seja tocada música ortodoxa grega, numa homenagem ao pai, o duque de Edinburgo, que nasceu em Corfu, na Grécia, e chegou a ser príncipe da Grécia e da Dinamarca.

Também se ouvirá na cerimónia uma marcha da coroação, criada pelo compositor premiado escocês Patrick Doyle. Além disso, é expectável que se ouça o célebre hino composto por George Frideric Handel, que faz parte destas cerimónias desde o século XVIII, incluindo da coroação de Isabel II (que nessa ocasião encomendou oito peças musicais, menos quatro do que o filho).

Além da cerimónia, está planeado para maio todo um fim de semana de celebrações, incluindo um concerto no castelo de Windsor. Em comunicado, o Palácio de Buckingham deu alguns detalhes, explicando que a ideia é a cerimónia, que contará com dois mil convidados, “refletir o papel do monarca hoje em dia e olhar para o futuro, com base em tradições duradouras”.

“A coroação é uma cerimónia religiosa solene, e ao mesmo tempo uma ocasião para celebrar”, lê-se no texto. “A cerimónia tem uma estrutura similar há mais de mil anos, e este ano incluirá os mesmos elementos centrais, ao mesmo tempo que reconhecerá o espírito dos nossos tempos”.