O grupo TAP pediu um alargamento considerável do prazo previsto para entregar os documentos e informação pedidos no quadro da comissão parlamentar de inquérito à sua gestão.

Os pedidos do Parlamento seguiram na semana passada para a TAP e para a TAP SGPS e esta semana a transportadora pediu um prazo mais de três vezes superior ao indicado — dez dias — e que está previsto no quadro legal das comissões parlamentares de inquérito. A TAP pediu um total de 45 dias, o que representa mais 35 dias do que o período de resposta estabelecido pela comissão de inquérito, de acordo com informação recolhida pelo Observador.

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Este pedido terá sido fundamentado com a grande quantidade de dados solicitados, bem como de documentos, num total de mais de 100, tal como o Observador noticiou. Esta pretensão, ainda vai ser discutida e votada numa reunião da comissão parlamentar de inquérito amanhã, mas dificilmente será compatível com o prazo de funcionamento da comissão aprovado em plenário que é de 90 dias.

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O prazo pedido pela TAP esgotaria logo metade desse período, comprometendo o plano aprovado pelos deputados de só pedir audições depois de recebida e analisada a documentação considerada relevante.

O Governo anunciou o afastamento da presidente executiva da TAP e do chairman na sequência da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças à saída de Alexandra Reis da transportadora. Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja vão ser chamados pelos deputados da comissão de inquérito que foi criada na sequência deste caso, mas que irá investigar a gestão da empresa durante o controlo do Estado e a relação com a tutela política.

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