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Onde há silêncio, há Taremi no barulho das luzes (a crónica do FC Porto-Estoril)

Este artigo tem mais de 1 ano

Dragões tiveram noite mais complicada do que o esperado, viram o Estoril empatar por duas vezes mas venceram com penálti conquistado e convertido por Taremi, que só entrou na segunda parte (3-2).

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O avançado iraniano entrou na segunda parte, conquistou um penálti e marcou um golo

Getty Images

O avançado iraniano entrou na segunda parte, conquistou um penálti e marcou um golo

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É uma espécie de blackout parcial. Depois de ter sido alvo de uma queixa por parte da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) ao Conselho de Disciplina da FPF, por tudo o que disse sobre o VAR na sequência da derrota contra o Gil Vicente, Sérgio Conceição decidiu deixar de falar. Não fez a antevisão na jornada passada, apareceu na flash interview após a vitória contra o Desp. Chaves mas não foi à sala de imprensa e, esta semana, voltou a não fazer a antevisão à receção ao Estoril.

E se Sérgio Conceição não falou, Pinto da Costa falou por ele. À margem do anúncio da renovação da parceria comercial com uma marca de cervejas, o presidente do FC Porto decidiu responder às questões dos jornalistas sobre o silêncio do treinador — e com três frases deixou bem claro aquilo que pensa. “Sobre a APAF não me pronuncio. Sobre questões ridículas não me costumo pronunciar. Acho que o Sérgio Conceição, calado, faz um bom discurso”, atirou.

Ficha de jogo

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FC Porto-Estoril, 3-2

24.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: Gustavo Correia (AF Porto)

FC Porto: Diogo Costa, João Mário (Rodrigo Conceição, 55′), Fábio Cardoso, Pepe, Zaidu, Otávio, Grujic (Uribe, 45′), Stephen Eustáquio (Galeno, 69′), André Franco, Danny Loader (Pepê, 74′), Toni Martínez (Taremi, 69′)

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, David Carmo, Gabriel Veron, Wendell

Treinador: Sérgio Conceição

Estoril: Dani Figueira, Tiago Santos, Mexer, Pedro Álvaro, Tiago Santos, Gamboa (João Carlos, 90+3′), Francisco Geraldes, João Carvalho (Ndiaye, 90+3′), Rafik Guitane (Carlos Eduardo, 74′), Cassiano (Alejandro Marqués, 79′), Tiago Gouveia

Suplentes não utilizados: Pedro Silva, Vital, Rodrigo Martins, Delos, Dele

Treinador: Ricardo Soares

Golos: Grujic (9′), Tiago Gouveia (27′), André Franco (31′), Francisco Geraldes (gp, 67′), Taremi (gp, 73′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Grujic (4′), a Francisco Geraldes (15′ e 90+6′), a Cassiano (21′), a Tiago Santos (53′), a Pepe (67′), a Gamboa (90+2′), a Galeno (90+4′); cartão vermelho por acumulação a Francisco Geraldes (90+6′)

Silêncios ou declarações à parte, a verdade é que o FC Porto recebia o Estoril esta sexta-feira e tinha uma margem de erro absolutamente nula para se manter no encalço da liderança do Benfica. Os dragões defrontavam os estorilistas na antecâmara da decisiva receção ao Inter Milão, na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões e depois da derrota em Itália há duas semanas, e tinham a possibilidade de ficar à condição a cinco pontos dos encarnados — que só visitam o Marítimo no próximo domingo.

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Neste contexto, Sérgio Conceição mantinha as ideias principais da jornada anterior e da vitória contra o Desp. Chaves e voltava a deixar Pepê e Taremi no banco — para além de Uribe, que voltava de castigo e também começava na condição de suplente. Danny Loader, André Franco e Toni Martínez mantinham a titularidade e Fábio Cardoso era a opção natural para render Marcano, que estava castigado depois de ter visto o quinto cartão amarelo. Do outro lado, num Estoril que chegava ao Dragão vindo de quatro derrotas consecutivas, Ricardo Soares não contava com o capitão Joãozinho, por castigo, e lançava Tiago Araújo na esquerda da defesa.

O FC Porto entrou na partida praticamente a vencer: já depois de ter rematado ao lado (3′), Grujic apareceu ao segundo poste a desviar de cabeça na sequência de um canto cobrado na esquerda (4′) e abriu o marcador. A primeira parte decorreu sem grandes oportunidades de golo e a eficácia acabou por ser a grande protagonista até ao intervalo, com ambas as equipas a não precisarem de chegar muitas vezes à baliza adversária para mexer com o marcador.

Apesar de ter tido sempre o controlo da posse de bola e de ter atuado maioritariamente no meio-campo adversário, a equipa de Sérgio Conceição nunca teve o jogo totalmente dominado e ia permitindo algumas incursões ao Estoril. Tiago Gouveia, na esquerda do ataque visitante, era o principal inconformado do conjunto de Ricardo Soares e ia dando muito trabalho a João Mário. À chegada à meia-hora, o jovem emprestado pelo Benfica conseguiu mesmo chegar ao empate, aproveitando um lance de insistência nas imediações da grande área do FC Porto para fugir a João Mário e Fábio Cardoso e marcar à saída de Diogo Costa (27′).

A reação dos dragões, porém, foi praticamente imediata. Escassos quatro minutos depois do golo de Gouveia e na recarga a um pontapé ao poste de Danny Loader, André Franco desviou para a baliza deserta e repôs a vantagem do FC Porto (31′) — e nem sequer festejou, já que deixou o Estoril para rumar ao Dragão no passado verão. A equipa de Sérgio Conceição recolhia os louros da aposta no corredor esquerdo, onde Zaidu ia sendo uma das principais individualidades em campo e foi mesmo o grande impulsionador da jogada do segundo golo, com um cruzamento tenso que rasgou a defesa adversária.

Até ao intervalo, já pouco aconteceu. O FC Porto foi gerindo com bola mas sem grandes aventuras, contando-se apenas um remate de Grujic que Dani Figueira encaixou (38′), e o Estoril sentiu animicamente o segundo golo sofrido, baixando as linhas e demonstrando maior dificuldade na hora de cruzar a linha do meio-campo.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do FC Porto-Estoril:]

Sérgio Conceição decidiu mexer logo no início da segunda parte e tirou Grujic, que já tinha cartão amarelo, para lançar Uribe. Ainda nos 10 minutos iniciais do segundo tempo, porém, o treinador do FC Porto foi forçado a fazer outra substituição: João Mário lesionou-se sozinho, ainda tentou permanecer em campo depois de ser assistido mas teve mesmo de sair, motivando a entrada de Rodrigo Conceição.

O jogo mantinha-se algo inconstante e incerto, com o FC Porto a manter a clara superioridade mas longe de ter todas as ocorrências sob controlo — pecando até na criação de oportunidades, já que raramente se aproximou com perigo da baliza de Dani Figueira. Já dentro da última meia-hora, a sorte acabou por sorrir ao Estoril: Pepe fez grande penalidade, ao intercetar um cruzamento de João Carvalho com a mão e no interior da grande área, e Francisco Geraldes converteu o penálti para reconquistar a igualdade (67′).

Sérgio Conceição reagiu ao golo sofrido com as duas substituições que já tinha preparado antes, lançando Taremi e Galeno, e o avançado iraniano só precisou de uns instantes para fazer a diferença. Mexer fez falta sobre Taremi no interior da grande área do Estoril e o próprio Taremi assumiu a conversão da grande penalidade, recuperando a vantagem do FC Porto à beira do último quarto de hora (74′).

O treinador dos dragões voltou a mexer, colocando Pepê, e Ricardo Soares ainda lançou Carlos Eduardo, Alejandro Marqués, Ndiaye e João Carlos — mas já nada mudou à exceção do número de jogadores em campo, já que Francisco Geraldes acabou por ser expulso por acumulação de cartões amarelos já nos descontos. O FC Porto venceu o Estoril no Dragão, cumpriu o próprio papel e ficou à condição a cinco pontos da liderança do Benfica. Tudo num dia em que Taremi, saído do banco e novamente sem ser titular, foi o barulho das luzes num clube onde tem reinado o silêncio.

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