Uma nova vaga de ocupações de escolas e universidades pelo fim ao fóssil está marcada para o dia 26 de abril em Lisboa, Coimbra, Faro e Setúbal, anunciou esta segunda-feira a Greve Climática Estudantil Lisboa.

Após, em novembro, ter ocupado seis escolas e universidades pelo fim aos combustíveis fósseis, o que resultou na condenação de quatro estudantes por crime de desobediência, o Movimento “Fim Ao Fóssil: Ocupa!” disse que estudantes de todo o país estão em “contagem decrescente” para uma nova vaga de ocupações.

Segundo um comunicado divulgado esta segunda-feira, esta nova onda de ocupações tem como objetivo assegurar que as reivindicações do movimento são escutadas e alertar a sociedade para a urgência de travar o colapso climático.

Para além do fim aos combustíveis fósseis até 2030, o movimento reivindica também, desta vez, eletricidade 100% renovável e acessível para todas as famílias, até 2025.

De acordo com o comunicado, aos estabelecimentos de ensino previamente ocupados, como o Liceu Camões e as faculdades de Letras e de Ciências da Universidade de Lisboa, juntam-se agora escolas e universidades lisboetas, como a escola Rainha D. Leonor ou as Faculdade de Belas Artes e de Psicologia da Universidade de Lisboa, bem como escolas em Coimbra, Faro e Setúbal.

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O Movimento avisou que os estudantes ocuparão as escolas e universidades até que 1.500 pessoas se comprometam, publicamente, a participar numa ação de desobediência civil em massa no porto de gás de Sines, no dia 13 de maio, organizada pela plataforma Parar o Gás.

O compromisso, que já tem mais de 50 subscritores, é a forma de o movimento apelar a uma ação da sociedade contra o colapso climático e a indústria fóssil.

Os estudantes desafiaram também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a assinar o compromisso.

“Desta vez ocuparemos mais escolas e seremos mais disruptivos do que no outono. Precisamos de disrupção para parar a destruição”, afirmou Teresa Núncio, porta-voz do movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa”.