O primeiro-ministro afirmou esta terça-feira que quer “toda a verdade e doa a quem doer” na comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP, alegando que o país fica sempre melhor quando sabe a verdade.

António Costa falava aos jornalistas no Palácio Foz, em Lisboa, numa sessão destinada a assinalar o fim do processo legislativo da nova lei que permitirá às instituições de Ensino Superior Politécnico atribuírem graus de doutoramento.

Braço direito de Pedro Nuno avisou CEO da TAP que “única porta de entrada no Governo” era o seu Ministério. A defesa de Christine Widener

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Interrogado se o Governo está preocupado com o que dirá a presidente executiva demissionária da TAP, Christine Ourmières-Widener, na comissão parlamentar de inquérito, e também sobre o facto de o líder do PSD, Luís Montenegro, ter acusado o direito financeiro desta empresa, Gonçalo Pires, de ter mentido na Assembleia da República, o primeiro-ministro respondeu: “Para que não fique qualquer dúvida, nunca estou preocupado quando se trata de apurar a verdade”.

“Apure-se a verdade, o país nunca fica pior sabendo-se a verdade“, acentuou o líder do executivo.

António Costa frisou depois que o país, pelo contrário, “fica sempre melhor seja a verdade qual seja e doa a quem doer”.

Perante a insistência dos jornalistas no tema da TAP e sobre as consequências que o desfecho da comissão de inquérito poderá ter no seu Governo, o primeiro-ministro limitou-se a reafirmar o seguinte princípio: “A verdade nunca nos deve preocupar”.

“Para já, não antecipemos os resultados e deixemos quem está a trabalhar, trabalhar, concluir os relatórios. Depois, se houver ilações a tirar, tiram-se ilações”, acrescentou.