O Plano Integrado para a Resposta aos Incêndios Rurais na Serra da Estrela, que vai integrar 423 operacionais, pretende dar uma resposta operacional integrada aos seis municípios do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), foi anunciado esta segunda-feira.

O documento, que apresentado em Manteigas, no distrito da Guarda, pelo comandante sub-regional das Beiras e Serra da Estrela, António Fonseca, na presença do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e de outros membros do Governo, foi criado após o incêndio que atingiu o PNSE no verão de 2022.

Segundo António Fonseca, o Plano Integrado para a Resposta aos Incêndios Rurais na Serra da Estrela vai abranger os municípios de Manteigas, Covilhã, Seia, Gouveia e Celorico da Beira, Guarda.

O plano direcionado para a Serra da Estrela, que integra o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR 2023), que terá o apoio de três Centros de Meios Aéreos, possui 85 equipas compostas por 423 operacionais (260 bombeiros, 113 sapadores florestais do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, 30 operacionais da UEPS – Unidade de Emergência Proteção e Socorro da GNR e 20 elementos da FEPC – Força Especial de Proteção Civil).

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Na sua intervenção, o comandante António Fonseca apontou que o plano contempla seis propostas de atuação: privilegiar o combate combinado; robustecer a resposta operacional; diminuir o tempo de empenhamento para a primeira intervenção; no ataque ampliado apostar no combate noturno; consolidar todas as frentes extintas; e antecipar a iniciativa.

Também contempla a criação de locais de pré-posicionamento adicionais no maciço central e nos planaltos da serra da Estrela “que estão como que em escadaria” até à Torre, nomeadamente no Covão da Ponte, no Miradouro de Linhares da Beira, no Sabugueio, em Piornos e em Cortes do Meio.

“Porque é desta forma que nós garantimos a redução dos tempos de intervenção para cerca de 50%” afirmou António Fonseca.

O responsável também referiu que para a serra da Estrela é preciso “graduar” a intervenção logo no início.

“E essa intervenção tem de ser mais robusta do que é habitual nos territórios adjacentes. Como se considerássemos que quando temos um incêndio na serra da Estrela, temos de considerar que temos um estado de prontidão acima do normal”, explicou.

O comandante salientou, ainda, que o Plano Integrado para a Resposta aos Incêndios Rurais na Serra da Estrela hoje apresentado propõe que em todos os incêndios “o ataque inicial seja feito sempre que possível, sempre com dois meios aéreos, no mínimo”.

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