Os 11 quilos de estupefacientes apreendidos na quinta-feira na operação de combate ao tráfico de droga no Porto poderiam render, caso chegassem aos consumidores, um milhão de euros, revelou esta sexta-feira o comissário da PSP Sousa Pereira.

Falando aos jornalistas a propósito desta operação, que classificou de “muito bem-sucedida”, o comissário explicou que, dos 11 quilos de droga, seis são de cocaína, três de haxixe e dois de heroína, dando para cerca de 62 mil doses individuais.

PSP apreendeu mais de 62 mil doses de droga na operação de quinta-feira no Porto

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Além da droga, foram apreendidos 13.000 euros, quatro carros, dois ciclomotores e armas, especificou.

Ainda no âmbito desta ação, que envolveu 300 agentes, foi detido o líder de uma das “principais redes de tráfico de droga do Porto”, disse.

Além do principal líder, acrescentou, foram detidas mais 14 pessoas com “diferentes posições e funções” na rede, nomeadamente colaboradores, gerentes e vendedores.

“Conseguimos, de uma forma concreta, desfazer uma das principais redes de venda de tráfico de droga nos bairros da Pasteleira Nova e da Pasteleira velha [ambos no Porto]”, referiu o comissário.

Os 15 detidos, nove homens e seis mulheres, têm idades entre os 24 e 65 anos, são de nacionalidade portuguesa e, alguns destes, têm já antecedentes criminais pela prática dos mesmos crimes, sublinhou.

O comissário Sousa Pereira ressalvou que, além dos bairros da Pasteleira Nova e da Pasteleira, foram ainda realizadas buscas em Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Maia e Gondomar, no distrito do Porto.

Contudo, das 44 buscas domiciliárias e não domiciliárias, 30 foram nos dois bairros da Pasteleira.

Os detidos vão ser presentes a partir das 14h00 no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, sublinhou.

Na quinta-feira, o diretor nacional da PSP, Manuel Magina da Silva, esteve a acompanhar a operação no bairro da Pasteleira Nova adiantando aos jornalistas que, aquela ação, era o “culminar do trabalho de muita gente, de muitos polícias e de muitos procuradores [do Ministério Público] em que foi possível produzir prova”.

E acrescentou: “É uma rede já com alguma dimensão em que há alvos que já estavam um bocadinho acima e já não tocavam em droga”.