O FC Barcelona anunciou ter fechado o quadro de financiamento do “Espai Barça”, um projeto de remodelação do estádio Camp Nou e arredores, por um valor a rondar os 1.450 milhões de euros.
Em comunicado, o “Barça”, líder da Liga espanhola de futebol, dá conta da conclusão da fase de arrecadação de financiamento, com um total de 20 investidores, entre as quais “algumas das principais entidades financeiras de prestígio internacional”.
A verba cobre os custos totais com obras e tem tranches de pagamento flexíveis, a cinco, sete, nove, 20 e 24 anos, começando o emblema catalão a pagar assim que as obras terminem.
Os trabalhos estão previstos para arrancarem no verão, o que obriga a equipa principal masculina de futebol a jogar no Estádio Olímpico Luís Companys até novembro de 2024, período em que o estádio renovado estará concluído, como “pedra de toque” de um projeto entregue à construtora turca Limak.
A investigação judicial por pagamentos milionários ao antigo vice-presidente do Comité Técnico de Árbitros, José María Enríquez Negreira, acabou por atrasar o anúncio do acordo, num caso desbloqueado por conversas entre o presidente “blaugrana”, Joan Laporta, e os líderes de UEFA e Liga espanhola.
O projeto “Espai Barça” arrancou em 2014, quando foi aprovado pelos sócios, e desde então muitas foram as etapas intermédias, desde o acordo com a autarquia de Barcelona até à demolição do Miniestadi, seguido da construção do Estádio Johan Cruyff, inaugurado em 2019.
A pandemia da Covid-19 e as eleições de Joan Laporta, no lugar de Josep Bartomeu em 2021, atrasaram os avanços, com os sócios a reaprovarem a decisão em assembleia-geral, já com o preço revisto em alta.