Segundo dados da Polícia de Segurança Pública, no final de março a região administrativa especial chinesa tinha 154.658 trabalhadores não residentes, mais 2.079 do que no final de fevereiro.

As estatísticas, divulgadas na terça-feira pela Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais, revelam que Macau ganhou 2.780 não residentes desde janeiro, mês em que a mão de obra vinda do exterior caiu para menos de 152 mil, o número mais baixo desde abril de 2014.

A cidade tinha perdido quase 44.700 não residentes (11,3% da população ativa) desde o pico máximo de 196.538 atingido em dezembro de 2019, no início da pandemia.

O setor da hotelaria e restauração foi o que mais contratou em março, ganhando quase mil trabalhadores não residentes, seguido da construção civil (mais 472) e das empregadas domésticas (mais 137).

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A hotelaria e restauração tinha sido precisamente o setor mais atingido pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo despedido mais de 17.600 funcionários não residentes desde dezembro de 2019.

O secretário para a Economia e Finanças de Macau, Lei Wai Nong, reconheceu a 03 de fevereiro que os hotéis locais têm sentido falta de pessoal e garantiu que iria negociar com as empresas ligadas ao turismo para “resolver o problema com que o setor se está a deparar”.

Mas, em 15 de abril, o presidente da Associação dos Hotéis de Macau, Luís Heredia, disse à televisão pública TDM que cerca de 15% dos quartos permanecem fechados durante os feriados do 1.º de maio devido à falta de mão de obra.

Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, anunciou em meados de dezembro o cancelamento gradual da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições.

Com o alívio das medidas, a cidade registou no primeiro trimestre deste ano quase 4,95 milhões de visitantes, numa subida de 163,7% em termos anuais, e a taxa de ocupação hoteleira foi de 74,7%, o valor mais elevado desde o início da pandemia.

Macau reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo trabalhadores não-residentes, a partir de 08 de janeiro, pondo fim a uma medida de prevenção e contenção da pandemia implementada há quase três anos.