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O refém israelita de nacionalidade portuguesa Dror Or, detido na Faixa de Gaza desde os ataques do Hamas de 7 de outubro, foi declarado morto, anunciaram esta sexta-feira as autoridades israelitas e os familiares.
“Foi agora confirmado que Dror Or, raptado pelo Hamas em 7 de outubro, foi assassinado e o seu corpo está detido em Gaza“, declarou o Governo israelita na sua conta oficial no X, acrescentando que Alma, Noam e o seu irmão Yahli são agora órfãos.
We are heartbroken to share that Dror Or who was kidnapped by Hamas on October 7, had been confirmed as murdered and his body is being held in Gaza.
Dror’s wife Yonat was murdered on October 7.
His children Alma (13) and Noam (17) who were held hostage by Hamas and released in… pic.twitter.com/DkA06ndBnu
— Israel ישראל ???????? (@Israel) May 2, 2024
Dror Or, de 49 anos, foi morto e o seu corpo está retido na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, indicaram, por seu lado, em comunicado as autoridades do kibbutz Be’eri, onde vivia e cujos habitantes foram dos mais afetados pelo ataque do movimento islamita palestiniano Hamas contra o território israelita.
A mulher Dror Or foi morta no ataque, enquanto dois dos seus três filhos, de 17 e 13 anos, foram raptados e depois libertados no âmbito de um acordo de tréguas entre Israel e o Hamas no final de novembro.
Segundo fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o caso está a ser tratado “para todos os efeitos” como o de um cidadão israelita, o que significa que o executivo português não tem “acesso a informação nenhuma”.
“O Governo português lamenta muito a morte” deste cidadão e “reitera a exigência de libertação imediata e incondicional de todos os reféns, em especial, dos que tenham nacionalidade portuguesa”, adiantou a mesma fonte. Questionada se já houve contactos entre os Governo português e o executivo israelita a propósito destes caso, disse não existir “nada”.
O embaixador de Israel em Lisboa também lamentou a morte do refém israelita de nacionalidade portuguesa: “Lamento a morte de Dror Or, com nacionalidade portuguesa, que foi raptado para Gaza. Ontem [quinta-feira] a família foi informada de que ele já tinha sido assassinado no dia 7 de outubro e que o seu corpo está detido pelo Hamas em Gaza”, escreveu Dor Shapira na rede social X.
Lamento a morte de Dror Or, com nacionalidade portuguesa, que foi raptado para Gaza. Ontem a família foi informada de que ele já tinha sido assassinado no dia 7 de outubro e que o seu corpo está detido pelo Hamas em Gaza. A mulher de Dror, Yonat, também foi assassinada no ataque… pic.twitter.com/9O7wANJiqH
— Dor Shapira???????? (@ShapiraDor) May 3, 2024
O anúncio da morte de Dror Or surge num momento em que os países mediadores – Qatar, Estados Unidos e Egito – aguardam a resposta do Hamas a uma nova proposta de tréguas combinada com a libertação dos reféns.
“Só a libertação de todos os reféns – os vivos para que possam recuperar, os mortos para que possam ser enterrados – garantirá o renascimento e o futuro do nosso povo”, afirma o Fórum das Famílias dos Reféns.
“O governo israelita deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para trazer de volta Dror” e os “outros reféns assassinados, para que possam ser enterrados com honra em Israel”, acrescentou a associação.
A notícia da morte do cidadão com nacionalidade portuguesa foi avançada pelo jornal The Guardian.
No final de novembro, uma trégua de uma semana permitiu a libertação de 105 reféns, incluindo 80 israelitas e cidadãos de dupla nacionalidade, que foram trocados por 240 palestinianos detidos por Israel.
A guerra eclodiu em 7 de outubro, quando os comandos do Hamas levaram a cabo um ataque que causou a morte de 1.170 pessoas, na sua maioria civis, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelitas.
Mais de 250 pessoas foram raptadas e 129 permanecem detidas em Gaza, das quais 35 já morreram.
Em represália, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma vasta ofensiva na Faixa de Gaza, que já causou mais de 34.500 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do movimento palestiniano.