A Universidade de Coimbra vai iniciar, em junho, um debate sobre se deve ser devolvido património cultural às ex-colónias, começando por uma coleção que inclui 29 crânios de pessoas decapitadas em Timor-Leste. Segundo jornal Público, esta é uma iniciativa inédita que poderá criar um precedente importante a nível nacional.

Em primeira linha estão os 29 crânios de Timor que estão guardados no Departamento de Ciências da Vida desde o século XIX. Foram recolhidos por missionários portugueses após uma guerra que ocorreu nos finais daquele século e já foram centrais numa investigação feira em 2010e pelo historiador e antropólogo Horário Roque, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Este debate que vai acontecer em Coimbra não foi desencadeado por qualquer pedido feito por Timor-Leste.

Terão sido forças auxiliares do governo colonial que terão decapitados dezenas de pessoas que viviam nas montanhas onde se refugiou por alguns tempo o régulo rebelde de Laleia, Manuel dos Remédios, que se opôs ao governador português e à missão católica.

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