Emilia-Romagna é uma região no norte de Itália com apenas 4 milhões de habitantes e capital em Bolonha, mas isso não a impediu de ter direito a acolher um Grande Prémio (GP) de F1 nos últimos três anos, desde 2020. Contudo, nos últimos dias, Emilia-Romagna foi notícia sobretudo pelas cheias que assolaram a região e que já provocaram 13 mortos e afastaram 13.000 das suas casas, de acordo com a BBC, o que levou ao cancelamento do GP de F1, agendado para hoje, 21 de Maio.

A corrida italiana que seria a 6.ª do ano, algures entre os GP de Miami (7 de Maio) e do Mónaco (28 de Maio), estava programada acontecer no Autodromo Internazionale Enzo e Dino Ferrari, também conhecido como circuito de Imola, que acolheu o GP de Itália nos anos 80 e depois o GP de San Marino entre 1981 e 2006. Em face dos estragos brutais provocados pelas cheias, a Federação Internacional do Desporto Automóvel (FIA) cancelou o GP e a Ferrari foi ainda mais longe, ao doar 1 milhão de euros para reforçar o fundo destinado a suavizar danos infligidos à população da região.

De recordar que, além dos famosos presuntos de Parma e dos apreciados queijos Parmigiano Reggiano, da região Emilia-Romagna saem igualmente os superdesportivos da Ferrari, de Maranello, e os concorrentes da Lamborghini, de Sant’Agata Bolognese, ambas pequenas povoações nos arredores da cidade Modena. Percebe-se agora melhor a ajuda providenciada pela Ferrari aos seus conterrâneos, uma vez que é o representante da indústria automóvel mais poderoso e rico da região.

O donativo da Ferrari para o fundo de resgate da região de Emilia-Romagna foi notável e recebido com agrado, tendo havido outras demonstrações de solidariedade por parte de outras equipas de F1, que proporcionaram um apoio exclusivamente virtual. Assim, a também italiana Alpha Tauri expressou preocupações em relação aos habitantes da região, enquanto a Mercedes e os seus pilotos Lewis e Russel exprimiram grande consternação pelo sofrimento que os italianos da zona estavam a enfrentar. Face à Ferrari, estes teams foram decididamente mais dinâmicos nas mensagens, mas mais comedidos na ajuda monetária.

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