Revelado há cerca de dois anos e meio, o Bolide é um sonho para qualquer amante de hiperdesportivos que a Bugatti vai tornar realidade em 2024. Será só no próximo ano que as primeiras entregas a clientes vão arrancar, mas tudo indica que a espera e os 4 milhões que cada unidade custa vão valer a pena. Isto a avaliar pelos resultados extraídos do programa de desenvolvimento que a marca francesa está a levar a cabo, sem dó nem piedade, em circuitos reais. Diz a Bugatti que “os testes são exaustivos e implacáveis”, como deve ser um desportivo deste calibre.

Sob o capot, o Bolide monta o venerável W16 de 8,0 litros quadriturbo que equipa o Chiron, mas que aqui está sob a influência de esteróides para elevar a potência numa centena de cavalos (1600 cv), mantendo os 1600 Nm de binário máximo. A “beleza” desta máquina, de que serão produzidas apenas 40 unidades, reside no facto de despir-se de tudo o que é supérfluo e fazer uma dieta tal que, face ao Chiron, o ganho é superior a 500 kg. O facto de ser um “monstro” em potência e um lingrinhas sobre a balança (1450 kg) permite ao Bolide pesar quase tanto como… um Renault Captur.

À respeitável relação peso/potência de 0,9 kg/cv, o Bolide soma uma série de elementos para garantir um desempenho extraordinário em pista, da asa traseira ajustável ao “lábio” dianteiro, passando por condutas para conduzir o ar da forma mais eficaz, inclusivamente sugando-o, para puxar o Bolide para baixo e garantir que este avião não descola do asfalto. A aerodinâmica é crucial para assegurar que este Bugatti infernal é capaz de lidar com forças laterais de até 2,5G e gerar quase 3 toneladas de downforce, para o colar ao solo a velocidades extremas. E é o extremo pacote aerodinâmico projectado pelos engenheiros da Bugatti que está agora a ser testado em pistas reais, para melhorar o trabalho dos simuladores e garantir o complicado equilíbrio entre downforce, velocidade e eficácia.

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