A Mercedes conseguiu que as autoridades dos estados da Califórnia e do Nevada, nos Estados Unidos da América, homologassem o seu sistema de condução autónoma de nível 3, o Drive Pilot, o que permite à marca vender (ou disponibilizar) aos clientes esta tecnologia de ajuda à condução. No processo, o construtor alemão ultrapassou a Tesla, que ainda não conseguiu convencer as autoridades em relação ao seu Full Self Driving, a versão mais avançada do Autopilot, que é apenas um nível 2.

Durante anos, construtores e gigantes tecnológicos como a Google, através da sua divisão autónoma Waymo, prometeram para um horizonte a breve trecho veículos com a capacidade de se deslocarem de um lado para o outro sem recorrer ao condutor, mas esse dia teima em não chegar. Apesar dos investimentos gigantescos, com alguns fabricantes a tentarem desenvolver internamente toda a tecnologia, enquanto outros recorreram a fornecedores externos para limitar os investimentos e apressar o processo, a realidade é que, passados muitos anos, os automóveis 100% autónomos, ou de nível 5, ainda são uma miragem.

Se o nível 5 de autonomia ainda não está disponível, aquele em que o condutor nem sequer necessita de estar a bordo do veículo, que pode nem ter volante e pedais, o nível 4 também parece continuar a anos de se materializar. Isto não impede contudo que surjam continuamente no mercado interessantes sistemas de ajuda à condução, em que a máquina é capaz de controlar o veículo em situações mais simples, como por exemplo em auto-estrada e até determinadas velocidades, sem que o condutor tenha de estar pronto a assumir o controlo do volante a todo o momento, o que acontece no nível 3 de autonomia.

Apesar do sistema da Mercedes ter sido aprovado para comercialização, essa abertura foi concedida com algumas limitações, só podendo ser utilizado em determinadas auto-estradas e até velocidades de 40 m/h (cerca de 64 km/h) e apenas durante o dia.

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