A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, disse esta quinta-feira esperar um grande dia de luta nacional na próxima quarta-feira, com greves e manifestações em todo o país, em empresas de vários setores, para exigir aumentos salariais.

“Estamos confiantes de que o dia 28 de junho vai ser um grande dia nacional de luta, com muitos milhares de trabalhadores a exigirem respostas aos seus problemas: aumentar salários, garantir direitos, contra o aumento do custo de vida, pelo direito à saúde e à habitação”, disse Camarinha à Lusa, no final da reunião do Conselho Nacional, que se realizou na sede da CGTP, em Lisboa.

Segundo a líder sindical, “um número muito significativo de ações” estão já marcadas para quarta-feira em todo o país, desde greves, manifestações, desfiles e plenários com concentração à porta das empresas, abrangendo “milhares de trabalhadores”.

Isabel Camarinha referiu que estão greves marcadas, por exemplo, no setor das conservas e no setor automóvel, também nas empresas Matutano, Lactogal e no grupo Altice e ainda uma paralisação nacional nas empresas de distribuição, uma greve nacional dos enfermeiros, bem como em setores da administração pública, central e local.

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Vão também realizar-se manifestações em Lisboa e no Porto.

A secretária-geral da CGTP indicou que na reunião do Conselho Nacional da intersindical foi também aprovada uma ação nacional de luta, para 16 de setembro, no setor da saúde, reforçando a campanha nacional de defesa e reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O dia nacional de luta que vai realizar-se no dia 28 de junho foi anunciado pela CGTP em 11 de maio.

A CGTP reivindica um aumento dos salários para todos os trabalhadores em, pelo menos, 10% com um mínimo de 100 euros, a subida do salário mínimo para 850 euros e outras medidas que respondam ao aumento do custo de vida.