O Presidente da República afirmou esta quinta-feira esperar que se continue a aprofundar o diálogo religioso, sem deixar ninguém para trás, e associou a liberdade de religião à coesão social e à estabilidade política.

Esta mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa foi esta quinta-feira publicada no sítio oficial da Presidência da República na internet para assinalar o Dia Nacional da Liberdade Religiosa e do Diálogo Inter-Religioso, instituído por resolução da Assembleia da República em 2019.

Nesta nota, o chefe de Estado começa por referir que “celebrar a liberdade religiosa é celebrar a democracia e a defesa dos direitos humanos”, e também “a criação de pontes entre diferentes Estados, povos e civilizações”.

Marcelo Rebelo de Sousa, que é católico praticante, realça que quando enquanto Presidente da República “fez questão de começar os seus dois mandatos através de uma celebração com todas as confissões religiosas”.

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Antes, recorda que como deputado constituinte aprovou a Constituição de 1976, “que consagrou a liberdade religiosa como direito fundamental, com um regime jurídico reforçado, próprio dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos”, e assinala que este é um direito estabelecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Num mundo em que o multilateralismo nem sempre tem conseguido perseverar e em que lidamos com ameaças e desafios emergentes, é cada vez mais relevante estarmos conscientes da relação que existe, por um lado, entre o livre exercício dos direitos humanos nos países democráticos (incluindo a liberdade de religião ou crença) e, por outro lado, a coesão social e a estabilidade política”, considera.

O Presidente da República salienta também o “importante papel que o diálogo inter-religioso e intercultural pode desempenhar na promoção da paz a nível mundial”.

Quanto a Portugal, o chefe de Estado menciona que “é normalmente apontado como um dos países mais tolerantes em termos de liberdade religiosa e isso deve ser um motivo de orgulho para todos os portugueses” e “tem sido escolhido para sede de diversas instituições internacionais que visam promover o diálogo entre religiões e culturas”.

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E tivemos a honra de ter como alto representante para a Aliança das Civilizações das Nações Unidas o antigo Presidente Jorge Sampaio, que exerceu uma liderança inovadora e visionária, permitindo-nos renovar a esperança num mundo melhor. Que essa esperança nunca se perca e que consigamos continuar a aprofundar o diálogo com todas as comunidades, nunca deixando ninguém para trás”, acrescenta.

Marcelo Rebelo de Sousa “deseja a todas e a todos, neste dia 22 de junho, um feliz Dia da Liberdade Religiosa e do Diálogo Inter-Religioso”.