A Rede Nacional de Expressos, o Metropolitano de Lisboa e a Comboios de Portugal (CP) são as companhias mais visadas das reclamações dos utentes de transportes públicos, um número que totaliza 22.600 denúncias em 2022. Este indicador foi o mais elevado desde 2016, ano em que se começou a fazer um registo semestral, noticia o Jornal de Notícias na edição desta segunda-feira.

A CP lidera as denúncias com 4016 críticas, seguindo-se o Metropolitano de Lisboa com 1708 e a Rede de Expressos, com 1597 reclamações. O comportamento dos funcionários e as dificuldades com os títulos de transportes foram alvo de queixas quer na ferrovia, quer na rodovia.

Câmara de Lisboa reforçou autocarros entre Campo Grande e Cidade Universitária

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O diário cita dados da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) sobre o segundo semestre de 2022, onde fica patente que as queixas sobre o transporte rodoviário/ferroviário de passageiros e do sistema de metro e elétricos somaram mais de 60% das reclamações (14.609). Entre as justificações para o descontentamento dos utentes, estão as sucessivas paralisações laborais, o incumprimento de horários na rodoviária e ferrovia, bem como a falta de meios humanos para operar os transportes, também estes escassos.

A AMT reporta ainda 796 reclamações na categoria de transporte com automóveis ligeiros, sendo que 71 são relativas a táxis e as restantes referentes a operadores de TVDE. A Uber alcançou 579 reclamações, seguida da Bolt com 145.

Já as queixas relativas ao transporte fluvial registaram um decréscimo face a 2019 (1063), com apenas 798 queixas no ano passado, maioritariamente devido ao incumprimento de horários e cancelamentos. A Transtejo – Transportes Tejo foi a principal visada com 540 queixas.