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A manhã do 502.º dia de guerra na Ucrânia ficou marcada pelas reações à potencial adesão da Ucrânia à NATO e pelo anúncio de adesão da Suécia — ultrapassando finalmente a resistência da Turquia — pelo fornecimento de bombas de fragmentação (pelos Estados Unidos) e a escassez de outras munições, assim como pela reunião de Putin com Prigozhin a 29 de junho.

Erdogan dá “luz verde” à entrada da Suécia na NATO e Rússia responde: Turquia está a transformar-se num “país hostil”

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  • O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou que o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, deu luz verde à entrada da Suécia na aliança transatlântica, no seguimento de uma reunião entre os responsáveis dos dois países e o próprio Stoletenberg. “É um passo histórico que torna todos os aliados da NATO mais fortes e mais seguros”, escreveu Stoltenberg na sua conta pessoal do Twitter;
  • O Presidente norte-americano Joe Biden encontrou-se esta manhã com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak. Na reunião foi discutida a adesão da Ucrânia à NATO — certamente só depois do fim da guerra — e o uso de bombas de fragmentação — que a Casa Branca considera ser um mal necessário até haver munições suficientes disponíveis na Europa. Uma investigação de um consórcio jornalístico revelou a falta de capacidade da Europa para fornecer munições à Ucrânia.
  • No seu habitual discurso noturno, o Presidente ucraniano confirmou que se juntará aos outros chefes de Estado presentes em Vilnius, capital da Lituânia, para a cimeira da NATO. Zelensky e Joe Biden vão reunir-se na Lituânia na quarta-feira;
  • Os Estados membros da NATO concordaram em facilitar o processo de adesão de Kiev. Assim, a Ucrânia não terá de cumprir o Plano de Ação para a Adesão (MAP, sigla inglesa) à NATO, o que tornaria o processo mais demorado. A informação foi avançada pelo chefe da diplomacia ucraniano e confirmada pelo Presidente da Lituânia;
  • Longe da cimeira, em Moscovo, o porta-voz do Kremlin tornou a frisar que a entrada de Kiev na aliança seria um “perigo absoluto” e levaria a uma “reação firme” por parte da Rússia;

Kremlin confirma que Putin se encontrou com Prigozhin dias depois da rebelião do grupo Wagner 

  • O Kremlin revelou que o Presidente russo Vladimir Putin e o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, se encontraram pouco tempo depois da rebelião que não chegou a Moscovo. Valery Gerasimov, chefe do Estado Maior das Forças Armadas Russas, contra quem marcharam as forças Wagner, apareceu esta segunda-feira pela primeira vez desde a rebelião.
  • Rússia e China estão contra o alargamento da influência da NATO. A Rússia ameaça a já fragilizada segurança na Europa caso seja concretizada a incorporação da Ucrânia na aliança. A China ameaçou o ocidente por se estar a envolver mais na região da Ásia-Pacífico;
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, declarou morto o acordo para a exportação de cereais ucranianos através do Mar Negro, afirmando que esta iniciativa não pode ser melhorada porque “não existe”.

Lavrov defende que acordo dos cereais não pode ser melhorado porque “não existe”