A Audi atribuiu a um conjunto de estagiários o desafio de pegar num modelo icónico com mais de 52 anos, pouco potente para ser acessível, e transformá-lo num eléctrico moderno, possante e desportivo, mantendo a imagem do NSU Prinz 4 de 1971. O objectivo, além de incentivar a criatividade dos seus funcionários, era criar um modelo para celebrar o 150.º aniversário das instalações do construtor em Neckarsulm, de onde saem os Audi e-tron GT quattro.

A NSU, uma das marcas que deu origem à Audi, produziu alguns veículos interessantes como o Prinz 4, produzido de 1961 a 1973, equipado com um motor de dois cilindros e 598 cc, com 30 cv. Este modelo foi comercializado entre nós, mas talvez a versão mais respeitada fosse o NSU 1000 TTS, que partia da mesma base, mas recorria a um motor com quatro cilindros e 1000 cc, capaz de fornecer 70 cv e que, em competição, atingia 85 cv.

Decididos a construir um carro rápido e com aspecto cool, necessariamente associado ao passado da marca, mas com uma mecânica moderna, os aprendizes de Neckarsulm – onde a NSU se instalou em 1880 – entenderam que o ideal era transformar um “calmo” Prinz 4 num veloz e rápido eléctrico, que foi denominado Audi EP4 (“E” de eléctrico e “P4” de Prinz 4). A plataforma que lhe serve de base é a do Audi A1, tendo a carroçaria alargada sido realizada com recurso às impressoras 3D da fábrica alemã, o mesmo acontecendo com o spoiler frontal e a generosa asa traseira.

Em termos mecânicos, o pequeno motor de combustão cedeu o lugar a um motor eléctrico com 240 cv, precisamente o que o coupé desportivo 2+2 da Audi que sai da fábrica, o e-tron GT quattro, monta no eixo dianteiro. Para alimentar esta unidade eléctrica, foi instalada a bateria de um Audi Q7 55 TFSI e-quattro plug-in. Com uma capacidade de somente 17,9 kWh, este acumulador foi montado à frente, no fundo da mala, onde habitualmente está o depósito de gasolina no NSU original com motor de combustão.

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