Tem preferência por membros dos Serviços Secretos dos EUA mas, na verdade, parece morder qualquer pessoa.  Commander, o cão do Presidente dos EUA, Joe Biden, mordeu pelo menos 10 funcionários no espaço de quatro meses, entre outubro de 2022 e janeiro de 2023 – perseguia as vítimas enquanto caminhavam e saltava para mordê-los. Agora, foi colocado numa casota.

A informação foi divulgada, terça-feira, pelo grupo conservador Observador Judicial, que se especializou em denunciar alegados comportamentos incorretos de governantes, depois de ter tido acesso a cerca de 200 páginas de registos dos Serviços Secretos.

Republicanos dos EUA admitem iniciar processo de impeachment a Biden

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Segundo o The Guardian, nestes documentos são descritos os três episódios mais graves em que o pastor alemão de quase dois anos, encarregado da proteção presidencial, quebrou o protocolo. Descrito como um cão forte, em crescimento e cada vez mais fora de controlo, Commander obrigou mesmo uma das vítimas a receber tratamento hospitalar. Tudo terá acontecido no primeiro ataque, em novembro de 2022, quando o “primeiro cão dos EUA” mordeu um agente dos Serviços Secretos no braço e na coxa, obrigando o gabinete médico da Casa Branca a enviar a vítima para o hospital.

“Isso é uma loucura, aquele cachorro estúpido”, disse o superior da vítima numa troca de e-mails com a mesma ao qual o grupo Observador Judicial teve acesso.

“Ainda me dói a perna e o braço. Ele mordeu-me duas vezes e correu na minha direção duas vezes”, respondeu o agente, que recebeu nova resposta do superior hierárquico: “Que anedota. Se não fosse o cão [da família Biden], ele já teria sido abatido. O palhaço precisa de um açaime“.

O agente contou ainda aos seus superiores que teve de usar um carrinho de aço para se proteger do animal no momento do incidente.

Segundo o relatório, este primeiro ataque poderia ter sido evitado. Dias antes, um agente não identificado alertou para o comportamento agressivo do pastor alemão. “Hoje, enquanto estava no posto, ele atacou-me. A primeira-dama não conseguiu recuperar o controlo do Commander e ele continuou a rodear-me. Creio que é apenas uma questão de tempo até que um agente/funcionário seja atacado ou mordido“, escreveu num e-mail a 26 de outubro.

O segundo ataque teve lugar umas semanas mais tarde quando, depois de uma noite de cinema, o Presidente norte-americano soltou o Commander no jardim Jacqueline Kennedy, na Casa Branca. O cão mordeu a mão e o braço de outro agente dos Serviços Secretos.

Já o terceiro aconteceu um mês depois: Commander mordeu as costas de um técnico de segurança na casa de Joe Biden, em Wilmington, no Delaware.

CEO de empresa de gás da Ucrânia terá sido “coagido” por Joe Biden e filho a pagar milhões em troca de ajuda a demitir procurador ucraniano

“Estes registos chocantes levantam questões fundamentais sobre o Presidente Biden e os Serviços Secretos”, defendeu o presidente do Observador Judicial, Tom Fitton, citado pelo The Guardian, salientando que os 10 ataques foram registados num período de quatro meses e que o restante período de tempo, desde a chegada do pastor alemão à Casa Branca em dezembro de 2021, estão excluídos do relatório.

“Este é um tipo especial de loucura e corrupção em que um presidente permitiria que seu cão atacasse e mordesse repetidamente os Serviços Secretos e o pessoal da Casa Branca”, disse, acusando os Biden de “esconder” documentos relacionados aos incidentes.

Não é a primeira vez que o Presidente dos EUA tem um animal com problemas destes. Outro cão de Biden, chamado Major, também pastor alemão, foi enviado para casa de amigos, no Estado do Delaware, depois de incidentes similares com membros dos Serviços Secretos e funcionários da Casa Branca

Major. Cão de Joe Biden vai ter aulas de treino comportamental