Depois de eliminar o modesto Bačka Topola, o Sp. Braga foi algo surpreendido pelo resultado de outra das 3.ª eliminatórias de acesso à Liga dos Campeões. O Panathinaikos afastou o Marselha, colocando-se no caminho dos minhotos e tornando-se o último obstáculo que a equipa de Artur Jorge teria de ultrapassar para chegar à fase de grupos milionária.

Com a primeira mão do playoff a realizar-se esta quarta-feira na Pedreira, depois de o Sp. Braga ter goleado o Desp. Chaves na segunda jornada da Primeira Liga, os minhotos tinham noção de que este era o primeiro dos dois jogos mais importantes da história recente do clube. Ausente da Liga dos Campeões desde 2012/13, há uma década, o clube português tem agora a possibilidade de voltar à principal competição europeia — e, pelo meio, encaixar milhões.

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Na antevisão, Abel Ruiz deixou bem claro que a equipa tinha noção da importância da receção ao Panathinaikos. “É uma equipa aguerrida, que pressiona muito forte e vai exigir o melhor de nós. Vamos ter de estar a 100% para ganhar. É uma equipa que afastou o Marselha, que também é uma grande equipa. Vai tornar as coisas muito difíceis. Temos alguns jogadores que já jogaram na Champions e têm experiência. Quem ainda não jogou tem muita ambição de estar na fase de grupos e fazer dois bons jogos. O objetivo da equipa e do clube é claro e queremos dar uma alegria aos adeptos e ganhar o jogo, que é o mais importante”, atirou o avançado espanhol.

Assim, Artur Jorge fazia apenas uma alteração ao onze inicial que goleou o Desp. Chaves no fim de semana e trocava Zalazar por Pizzi, mantendo Ricardo Horta e Bruma no apoio a Ruiz e Vítor Carvalho e Al Musrati numa zona mais recuada do meio-campo. Do outro lado, na equipa grega orientada pelo sérvio Ivan Jovanović, com o ex-Benfica Djuricic e o ex-Sporting e Sp. Braga Sporar a serem ambos titulares.

O Panathinaikos teve as duas primeiras situações de maior perigo, com Magnússon a cabecear ao lado (3′) e Mancini a acertar no poste com um remate de fora de área (8′). O árbitro da partida ainda assinalou uma grande penalidade a favor do Sp. Braga à passagem do quarto de hora inicial, devido a uma alegada falta sobre Bruma, mas reverteu a decisão depois de consultar o VAR. Artur Jorge teve de realizar uma substituição forçada ainda na primeira parte e por lesão de Al Musrati, lançando André Horta, e o jogador português ainda protagonizou o último lance de perigo antes do intervalo com um remate que passou ligeiramente ao lado da baliza grega (45+1′).

Abel Ruiz ficou perto do golo nos primeiros instantes do segundo tempo, com um desvio que passou ao lado (48′), mas não falharia dois minutos depois: Bruma desequilibrou na esquerda, André Horta deu um pequeno toque e o avançado espanhol, em posição frontal, atirou para abrir o marcador (50′). Sporar quase empatou à passagem da hora de jogo, atirando por cima quando tinha a baliza praticamente aberta (62′), e Artur Jorge decidiu voltar a mexer a 25 minutos do fim ao trocar Pizzi por Álvaro Djaló.

O jovem avançado espanhol precisou de menos de 10 minutos para ter impacto na partida e, quando faltava cerca de um quarto de hora para o apito final, surgiu na grande área a fuzilar o guarda-redes adversário na sequência de uma assistência de Ricardo Horta (73′).

Artur Jorge fez as últimas substituições já dentro dos últimos cinco minutos do tempo regulamentar, lançando Simon Banza, Rony Lopes e André Castro, e o Panathinaikos ainda reduziu a desvantagem nos descontos por intermédio de Daniel Mancini (90+5′). Ainda assim, o Sp. Braga já não deixou fugir a vitória e colocou-se em vantagem antes da visita a Atenas para a partida decisiva no acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.