A Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde (Fns), que representa o setor privado, alegou esta sexta-feira não ter sido ouvida na reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS), manifestando-se surpreendida com o seu anúncio.

“É com grande surpresa e preocupação que assistimos ao anúncio, através da comunicação social, sobre uma nova organização dos cuidados de saúde que se intitula como a grande reforma do SNS para 2024”, afirma, citado em comunicado, o secretário-geral da Fns, António Neves, acrescentando que a federação “não foi informada acerca dos seus termos nem foi contactada para dar o seu eventual contributo”.

A “grande reforma” do SNS, como chama o diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, prevê, a partir de janeiro, a criação de 31 novas Unidades Locais de Saúde (ULS), entidades públicas empresariais que são um modelo de organização que promove a gestão integrada de cuidados de saúde primários e hospitalares agregando, numa só instituição, hospitais, centros hospitalares, centros de saúde e agrupamentos de centros de saúde de uma área geográfica. As 31 novas ULS vão juntar-se às oito atualmente existentes.

Como representantes do setor privado de saúde, registamos com grande preocupação a total inexistência de diálogo e partilha de qual é a estratégia do Governo e da Direção-Executiva do SNS nesta matéria”, apontou António Neves.

https://observador.pt/2023/08/30/servico-nacional-de-saude-sofre-grande-reforma-em-2024-e-fica-organizado-em-39-unidades-locais-de-saude/

A Fns, que pediu já audiências à tutela, renovando a “inteira e total disponibilidade” para discutir o processo, é a entidade que representa, através das associações suas filiadas, “a generalidade do setor convencionado de meios complementares de diagnóstico e terapêutica em ambulatório”.

Fazem parte da Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde associações de cardiologistas, de centros de diálise, de unidades de diagnóstico por imagem, de laboratórios clínicos e de medicina física e reabilitação.

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