Pelo menos 16 pessoas morreram no Cazaquistão, num novo acidente fatal numa mina da gigante siderúrgica ArcelorMittal, anunciaram este sábado as autoridades do país da Ásia Central.

“Ocorreu um incêndio na mina Kostenko, que resultou na morte de onze pessoas, enquanto 18 vítimas com vários graus de ferimentos foram levadas ao hospital”, disse inicialmente a administração da província de Karaganda.

De acordo com um comunicado, “dos 252 mineiros presentes no subsolo [na altura do acidente], 205 mineiros foram trazidos à superfície”.

Num balanço feito mais tarde, a própria ArcelorMittal admitiu que o acidente tinha levado à morte de pelo menos 16 mineiros.

Este é o segundo acidente fatal em dois meses num local do grupo ArcelorMittal, após a morte de cinco mineiros em meados de agosto, também em Karaganda, uma região industrial no centro do Cazaquistão.

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Em resposta, o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, ordenou este sábado ao governo que “ponha fim à cooperação de investimento com a ArcelorMittal Temirtaou”, a subsidiária local da gigante siderúrgica.

O Ministro de Situações de Emergência, Syrym Sharipkhanov, deslocou-se entretanto a Karaganda.

O grupo ArcelorMittal, com sede no Luxemburgo mas detido por capitais indianos, tinha sido regularmente acusado pelo Cazaquistão de não cumprir as normas de segurança e de proteção do ambiente.

O Cazaquistão, uma antiga república soviética e a maior economia da Ásia Central, é rico em petróleo, gás, urânio, manganês, ferro, cromo e carvão.

Os acidentes com minas são bastante comuns nos países da antiga União Soviética, devido ao estado de degradação das instalações e como ao não cumprimento de normas de segurança.