O Tribunal de Aveiro absolveu esta segunda-feira um homem de 32 anos suspeito de ter assaltado com violência a residência de uma idosa, que vivia sozinha em Vagos, e de ter sufocado a vítima com um cabo elétrico.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que não se considerou provado que o arguido tenha sido o autor dos factos, apesar de este ou alguém a seu mando ter procedido à venda de um brinco que pertencia à mulher, de 86 anos, no mesmo dia em que ocorreu o crime.

“Existe grande probabilidade de o arguido ter praticado estes factos, mas o tribunal não conseguiu ultrapassar a dúvida, pelo que se decide pela sua absolvição”, disse a juíza.

O arguido, que foi julgado na sua ausência, foi também absolvido de um crime de detenção de arma proibida, uma vez que a faca e os cartuchos de caça encontrados numa busca à sua residência estavam no quarto do pai.

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Acabaria, no entanto, por ser condenado a dois anos e oito meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período, por um crime de furto qualificado, relacionado com o assalto a uma drogaria em Vagos, no distrito de Aveiro.

A acusação do Ministério Público (MP) sustentava que o arguido tinha assaltado a residência da idosa na madrugada de 30 de maio de 2017, entrando na habitação através de um buraco que abriu no telhado.

De seguida, ter-se-ia dirigido ao quarto onde a ofendida estava a dormir, munido com um cabo elétrico, sentou-se em cima dela, de modo a imobilizá-la, enrolou o cabo elétrico à volta do pescoço da vítima e apertou-o até que perde-se os sentidos.

Ainda de acordo com a acusação, o arguido teria retirado um brinco com uma libra, ambos em ouro, que a ofendida usava numa das orelhas e percorrido as restantes divisões da casa à procura de objetos de valor, tendo retirado 10 euros de uma carteira e uma televisão, que levou consigo.

Nesse mesmo dia, o arguido dirigiu-se a uma loja de compra de ouro e prata onde vendeu o brinco por cerca de 50 euros.

Menos de um mês depois deste caso, o arguido assaltou uma drogaria, em Vagos, levando consigo um carro de mão, com diversos rolos de fio e cabo elétrico, vários rolos de tubo de cobre plastificado, várias ferramentas, um computador portátil, três telemóveis e 70 euros em moedas que se encontravam na caixa.

Na manhã desse dia, o arguido veio a ser intercetado pela GNR, numa rua de Vagos, a conduzir o carrinho de mão com algum do material roubado.