É preciso recuar a 1991/92: há 32 anos que o Sporting não somava nove vitórias nas primeiras 10 jornadas do Campeonato, chegando ao início de novembro ainda sem qualquer derrota e com oito triunfos e um empate com o Sp. Braga. O registo deixa os leões na liderança isolada da Liga com mais três pontos do que o Benfica, na antecâmara do dérbi da Luz, e mais seis do que o FC Porto.

O dia em que S. Marcus viu a Estrela para encontrar o caminho de volta a casa (a crónica do Sporting-Estrela da Amadora)

A equipa de Rúben Amorim precisou de sofrer para vencer o Estrela da Amadora em Alvalade, permitindo a reviravolta dos tricolores na segunda parte e precisando de dar novamente a volta ao marcador para conquistar os três pontos. Assim, os leões mantêm o pleno de vitórias em casa nas provas nacionais, com sete triunfos entre Campeonato e Taça da Liga, e ainda viram Daniel Bragança estrear-se a marcar na competição no dia em que Coates se tornou o 11.º jogador com mais partidas pelo clube.

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Marcus Edwards foi eleito o o melhor jogador em campo, tendo feito um golo e assinado a assistência para Paulinho, e mostrou-se satisfeito com a exibição. “Mostrámos como a nossa equipa é boa. Não vamos desistir, nunca. Marquei um bom golo, mas foi uma prestação de toda a equipa. Jogámos sempre da mesma maneira e nunca desistimos, foi bom”, atirou o avançado inglês, que foi titular e cumpriu os 90 minutos, na flash interview.

Já Rúben Amorim, que deixou Gonçalo Inácio no banco e tirou Coates na segunda parte, garantiu que a equipa sabia que este era um jogo “muito difícil”. “O Estrela planeou muito bem o jogo, mudou a construção e criou-nos dificuldades, com um bloco baixo e com dois laterais a fazerem o corredor e a bloquearem as nossas permutas entre o Marcus e o Esgaio. Mas fomos criando oportunidades, estávamos a sofrer muito com as bolas nas costas e não estávamos a controlar bem a linha do fora de jogo. Acho que fomos a equipa que esteve sempre mais perto dos golos, mas depois sofrer um penálti e um golo… Olhei para as bancadas e os adeptos estavam a bater palmas. Foi um dia bom, num jogo muito difícil, algo que esperávamos”, garantiu o treinador leonino, que procurou justificar a reviravolta permitida no início da segunda parte.

“Já houve momentos em que senti que perdemos o controlo, mas desta vez nem tivemos tempo para isso. Bola no corredor, penálti. Quando estávamos a acertar o jogo, outro golo. Não senti que estivéssemos a perder o controlo, mas o Estrela voltou a baixar as linhas e depois sentimos que conseguíamos dar a volta. Nunca estivemos confortáveis com as bolas nas costas, mas não senti o desconforto para sofrermos os dois golos”, acrescentou.

Ainda na zona de entrevistas rápidas, Rúben Amorim defendeu que o Sporting está “a sofrer demasiados golos” e reconheceu que ganhar antes do dérbi da Luz era “importante”. “Estar invicto cria uma aura diferente, ainda por cima o FC Porto perdeu e vamos à Luz a seguir”, concluiu.