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O dia em que S. Marcus viu a Estrela para encontrar o caminho de volta a casa (a crónica do Sporting-Estrela da Amadora)

Este artigo tem mais de 6 meses

Sporting começou a ganhar, permitiu reviravolta na segunda parte, mas acabou por carimbar vitória contra o Estrela graças a um golo e uma assistência de Edwards (3-2). Leões mantêm liderança isolada.

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O avançado inglês foi titular e cumpriu os 90 minutos em Alvalade

AFP via Getty Images

O avançado inglês foi titular e cumpriu os 90 minutos em Alvalade

AFP via Getty Images

Era preciso recuar até um feriado, o dia 25 de abril de 2009, para encontrar o último jogo entre Sporting e Estrela da Amadora a contar para a Primeira Liga. Na altura, em Alvalade, os leões de Paulo Bento venceram os tricolores de Lázaro Oliveira com golos de Liedson e Hélder Postiga e numa partida onde desfilaram Adrien Silva, Miguel Veloso, Abel Ferreira e também o ainda muito jovem Silvestre Varela. 14 anos depois, o Estrela da Amadora voltava a visitar o Sporting.

Os leões recebiam os tricolores este domingo e com a obrigação de vencer para manter e cimentar a liderança isolada do Campeonato, já que o Benfica tinha derrotado o Desp. Chaves no dia anterior e o FC Porto tinha perdido com o Estoril. A equipa de Rúben Amorim procurava a terceira vitória consecutiva, depois de ultrapassar Boavista e Farense, e tinha no horizonte não só a receção ao Raków para a Liga Europa como o dérbi na Luz contra o Benfica no próximo fim de semana. Em resumo, se existia semana que o Sporting queria começar enquanto líder absoluto, era esta.

Ficha de jogo

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Sporting-Estrela da Amadora, 3-2

10.ª jornada da Primeira Liga

Estádio José Alvalade, em Lisboa

Árbitro: André Narciso (AF Setúbal)

Sporting: Adán, Diomande, Coates (Jeremiah St. Juste, 59′), Matheus Reis (Gonçalo Inácio, 59′), Ricardo Esgaio (Francisco Trincão, 59′), Hjulmand, Daniel Bragança (Paulinho, 65′), Nuno Santos, Marcus Edwards, Gyökeres, Pedro Gonçalves

Suplentes não utilizados: Franco Israel, Iván Fresneda, Luís Neto, Dário Essugo, Geovany Quenda

Treinador: Rúben Amorim

Estrela da Amadora: António Filipe, Johnstone Omorwa, Kialonda Gaspar, Mansur (Kikas, 45′), Miguel Lopes (Erivaldo Almeida, 64′), Aloísio, Léo Cordeiro (Vitó, 74′), João Reis, Jean Felipe, Ronald (André Luiz, 74′), Léo Jabá

Suplentes não utilizados: Wagner Santos, Hevertton, Manuel Keliano, Nkanyiso Shinga, Ronaldo Tavares

Treinador: Sérgio Vieira

Golos: Daniel Bragança (33′), Léo Jabá (gp, 50′), Kikas (55′), Marcus Edwards (71′), Paulinho (79′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Kikas (66′), a Pedro Gonçalves (76′)

“Não podemos dar passos atrás, não podemos dar importância ao que se está a passar. Temos de ganhar pontos, manter a posição. Sabemos que se ganharmos mantemos a posição e é esse sentimento que queremos. Mas é gerido de forma natural, nos primeiros anos também estivemos assim. É uma sensação bem mais agradável do que a do ano passado”, explicou o treinador leonino, que durante a semana foi associado ao Manchester United num cenário de saída de Erik ten Hag.

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Neste contexto e com Morita e Geny Catamo lesionados, Amorim recuperava as titularidades de Adán, Coates, Marcus Edwards e Pedro Gonçalves face ao jogo contra o Farense e mantinha Daniel Bragança no meio-campo, com Matheus Reis a entrar no trio de centrais e Gonçalo Inácio a começar no banco. Do outro lado, num Estrela da Amadora que aparecia em Alvalade vindo de três vitórias consecutivas, Sérgio Vieira lançava Léo Cordeiro, Léo Jabá e Ronald no ataque, deixando Ronaldo Tavares, Kikas e Vitó no banco.

Edwards teve o primeiro lance de perigo do jogo, com um remate em jeito já na grande área que António Filipe defendeu (8′), mas não foi preciso esperar muito para perceber que a primeira parte seria discutida a um ritmo baixo e sem grandes oportunidades. O Estrela apresentava-se muito organizado, sem reagir ao movimento de atração que o Sporting realizava na primeira fase de construção, e dava pouco espaço aos atacantes leoninos.

Hjulmand também assustou António Filipe, com um pontapé cruzado que passou ao lado (12′), mas Ronald respondeu do outro lado com um remate que Adán encaixou (15′) e deixou claro que o Estrela não ia resumir-se a defender a própria baliza. Pedro Gonçalves teve duas oportunidades consecutivas, ao atirar ao lado (23′) e depois à malha lateral (26′), mas o jogo ia sendo discutido na zona do meio-campo e com o Sporting a não conseguir transformar a posse de bola numa vantagem concreta.

À passagem da meia-hora, porém, os leões conseguiram desbloquear a muralha adversária. Na sequência de um lançamento de linha lateral, Gyökeres foi até à linha de fundo e cruzou atrasado para a entrada da grande área, onde Daniel Bragança apareceu a rematar de primeira e de pé esquerdo para abrir o marcador (33′). O Sporting soltou-se ligeiramente depois de chegar à vantagem, até porque o jogo partiu, e ainda poderia ter marcado novamente por intermédio de Edwards (45′) e Coates (45+1′). A melhor ocasião até ao intervalo, porém, pertenceu mesmo ao Estrela da Amadora.

Cinco minutos depois de Bragança bater António Filipe, Léo Jabá apareceu completamente isolado na cara de Adán e rematou, com o guarda-redes espanhol a evitar o golo do avançado (37′). Ao intervalo, o Sporting estava a ganhar pela margem mínima, mas ficava claro que o Estrela da Amadora tinha capacidade para chegar perto da baliza adversária e blindar a própria e poderia pôr em causa a vitória leonina.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Sporting-Estrela da Amadora:]

Sérgio Vieira mexeu logo ao intervalo e trocou Mansur por Kikas, claramente para ir à procura do golo — e teve sucesso. Sem que estivessem cumpridos cinco minutos da segunda parte, Léo Jabá apareceu na direita a cruzar e Coates intercetou a bola com a mão, com André Narciso a assinalar grande penalidade de imediato e o mesmo Jabá a converter o castigo máximo para empatar o jogo (50′).

O Estrela cavalgou o ímpeto do empate e empurrou o Sporting para o próprio meio-campo, apostando nas transições rápidas e conquistando muito espaço nos metros que os leões deixavam nas costas da defesa. Ainda antes da hora de jogo, Alvalade gelou: Léo Jabá desequilibrou na direita e tirou um passe para a zona central, onde Kikas apareceu nas costas de Coates a atirar sem hipótese para Adán (55′). De um momento para o outro, os leões estavam a perder.

Amorim reagiu com uma tripla substituição, lançando Trincão, Gonçalo Inácio e St. Juste já depois de Hjulmand ver um adversário roubar-lhe o golo em cima da linha (58′), e o Sporting ia crescendo no jogo à medida que o tempo ia passando — ainda que o Estrela nunca perdesse o norte, mantendo-se muito organizado defensivamente enquanto ia naturalmente abdicando de atacar. Paulinho entrou a 25 minutos do fim, mas o golo do empate estava reservado a um dos principais inconformados dos leões.

Edwards pegou na bola encostado à direita, fintou vários adversários a la Maradona e apareceu na grande área a atirar cruzado, relançando o jogo em Alvalade (71′). Sérgio Vieira ainda voltou a mexer, lançando André Luiz e Vitó, mas o Sporting acabou por conseguir resgatar a vitória com um cabeceamento forte de Paulinho depois de um cruzamento de Edwards na direita (79′) e já nada mudou até ao fim.

Apesar do sofrimento e de ter permitido dois golos em Alvalade, o Sporting conseguiu recuperar a vantagem e vencer o Estrela da Amadora em Alvalade para manter a liderança isolada do Campeonato na antecâmara do dérbi da Luz, abrindo ainda uma vantagem de seis pontos para o FC Porto. Num dia de inspiração em que demonstrou tudo aquilo que tem de melhor, Marcus Edwards marcou e assistiu para carimbar a reviravolta leonina e levou a equipa inteira de regresso a casa.

 
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