O Ministério Público pediu prisão preventiva para Vítor Escária, ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro, e do consultor Diogo Lacerda Machado, assim como cauções para Afonso Salema (200 mil euros) e Rui Oliveira Neves (100 mil euros), ambos gestores da Start Campus, avançou a SIC e confirmou o Observador. Já para o presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, pede a suspensão de funções, e uma caução de nove milhões de euros para a Start Campus, avança o Público.

As medidas de coação decididas pelo juiz Nuno Dias Costa aos cinco arguidos detidos no âmbito da operação Influencer só serão conhecidas na segunda-feira por volta das 15h00, quando retomarem os trabalhos no Tribunal de Instrução Criminal.

A informação foi confirmada por fonte do tribunal à Rádio Observador, que avança que durante esta tarde, a defesa dos detidos ainda vai contestar as medidas promovidas pelo Ministério Público, em particular a prisão preventiva pedida para Diogo Lacerda Machado e Vitor Escária, ambos indiciados por tráfico de influência e prevaricação.

Manuel Magalhães e Silva, advogado de Lacerda Machado, classificou como “ultramontana” a medida de coação pedida pelo Ministério Público para o arguido, prisão preventiva. “Espero que o senhor juiz não siga esta proposta ultramontana do Ministério Público“, afirmou, aos jornalistas, à saída do Campus da Justiça.

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Segundo Magalhães e Silva, a base que o Ministério Público invoca para pedir a prisão preventiva do arguido passa por perigo de fuga, continuação de atividade criminosa e perturbação de inquérito.

Os crimes dos cinco arguidos detidos. Lacerda Machado tem de se defender de corrupção activa, tráfico de influência e prevaricação

Quanto a Nuno Mascarenhas, autarca de Sines, o Público escreve que pode ficar proibido de entrar no edifício da Câmara a que preside e de contactar os funcionários. Mascarenhas é suspeito de um crime de corrupção passiva, quanto a titular de cargo político, agravado, e um crime de prevaricação.

Os crimes dos cinco arguidos detidos. Lacerda Machado tem de se defender de corrupção activa, tráfico de influência e prevaricação

Já os gestores da Start Campus, Afonso Salema (CEO) e Rui Oliveira Neves (administrador), os procuradores pedem uma caução de 200 mil euros e 100 mil euros, respetivamente. O jornal acrescenta que foi pedida a interdição de contactarem com os restantes arguidos e de saírem do país. Os dois são suspeitos dos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa, prevaricação, recebimento ou oferta indevida de vantagem.