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EM90 é um Volvo luxuoso (muito) chinês. Vem para a Europa?

Numa altura em que (quase) todos os construtores de automóveis apostam em reforçar a sua gama de veículos eléctricos com SUV ou crossovers, a Volvo propõe um monovolume com espaço e luxo a rodos.

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A família eléctrica da Volvo continua a crescer. Depois dos XC40 e C40 Recharge, já no mercado, e do EX30 e EX90, cujas entregas arrancam em 2024, o construtor sueco resgata a memória do Duett dos anos 50 do século passado e reforça a sua oferta com um monovolume exclusivamente a bateria. O EM90 oferece um sem-número de mordomias a bordo, lugar para seis e até 738 km de autonomia.

Mas, ao contrário do que habitualmente acontece com as criações da Volvo, o design escandinavo tem aqui um “piquinho” de chinês… A explicação é simples: o novo Volvo EM90 tem a particularidade de ser um parente muito próximo do chinês Zeekr 09, ou não fosse a Zeekr, tal como a Volvo, uma das muitas marcas de automóveis do império Geely, detido pelo chinês Li Shufu. Tanto assim é que, a nível de medidas, praticamente não há diferenças a apontar entre o EM90 e o Zeekr em que se baseia, com a produção de ambos a ser feita na China, mercado onde a “sala de estar sueca” – assim é descrito o monovolume da Volvo pela marca – tem chegada prevista já a partir de Março.

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Fruto das sinergias que se vão implantando na indústria, o novo EM90 é, antes do mais, um modelo projectado para agradar aos clientes mais a Oriente, consumidores mais “abertos” a alternativas que combinem luxo e versatilidade num veículo cujas dimensões permitam superar o habitual transporte de quatro ou cinco pessoas. A Sustainable Experience Architecture (SEA), plataforma modular concebida pela Geely especificamente para veículos eléctricos, é aqui fixada nos 5,206 metros de comprimento, com a largura a superar os 2 metros (2,024 m), enquanto a altura é de uns generosos 1,859 metros.

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Preparado para carga bidireccional, ou seja, capaz não só de extrair, mas também de fornecer energia à rede ou a outro veículo, por exemplo, o EM90 é impulsionado por um motor eléctrico de 282 cv/200 kW, o qual é alimentado por uma bateria de 116 kWh. Esta deverá ir de 10 a 80% da carga em menos de meia hora, num carregamento em corrente contínua, permitindo ao EM90 anunciar 738 km de autonomia entre recargas. Mas isso no optimista ciclo de medição chinês (CLTC), que consegue ser (ainda) mais brando que o protocolo de medição europeu, com o consequente desvio (para baixo) do alcance em condições reais de utilização. A aceleração de 0 a 100 km/h faz-se em 8,3 segundos, segundo a marca, sendo curioso saber quanto acusa sobre a balança este MPV eléctrico, informação que não foi divulgada.

Esteticamente, apesar deste EM90 ter ADN chinês, a Volvo esforçou-se por nele incluir os elementos mais distintivos da identidade estilística da marca, em linha com os mais recentes eléctricos da marca, os EX30 e EX90. Lá está a (re)conhecida assinatura luminosa com o formato do martelo de Thor, enquanto o emblema da marca se posiciona ao centro da grelha completamente tapada, podendo o logotipo tornar-se mais evidente com iluminação própria.

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Lateralmente, o que mais se destaca é ampla superfície vidrada, as portas traseiras de correr para facilitar o acesso e a saída dos bancos posteriores e as generosas jantes, de 19 ou 20 polegadas. Já atrás, não há grandes rasgos de ousadia, com a forma a parecer obedecer à função. E a função de um modelo deste tipo e, sobretudo, com esta bitola é funcionar como se fosse uma espécie de “casa sobre rodas”. Mas nada ao estilo de apartamento acanhado: a marca tira claramente proveito da enorme distância entre eixos (3,205 metros) para maximizar o espaço a bordo, o que é particularmente notório na segunda fila, tipo lounge.

Pelas fotos, fica-se com a ideia de que seria mais apropriado chamar-lhe segunda fila de poltronas, pois “bancos” pode parecer um pouco redutor, face ao requinte e à comodidade que aparentam oferecer. A segunda fila foi claramente concebida para os que apreciam viajar em primeira classe, com ou sem as cortinas recolhidas, em bancos com função de massagem e climatização que, para maior descontracção, podem ainda reclinar para que quem aqui vai instalado possa assistir mais confortavelmente a um filme ou uma série, exibido num display de 15,6 polegadas. Se a ideia for trabalhar, o ecrã é então a melhor ferramenta para fazer uma videoconferência ou, em alternativa, bastará pousar o tablet no suporte que faz de mesa. Poucas desculpas haverá para ser pouco produtivo, mesmo em movimento.

Quem vai ao volante tem à sua frente um ecrã horizontal com a instrumentação digital, enquanto o sistema de infoentretenimento se dá a explorar através de uma tela ao centro, também na horizontal, com 15,6 polegadas. Como seria de esperar, atendendo ao posicionamento do EM90, o carregamento e a ligação de smartphones dispensa fios, com o o EM90 a estar apto a receber actualizações over-the-air, uma das quais está já prevista e que consiste no cancelamento de ruído de rolamento.

A terceira e última fila de bancos será a preferida dos… últimos a entrar. O espaço para pernas parece mais curto, face à segunda fila, mas só num primeiro contacto poderemos aferir com justiça as virtudes e as limitações da derradeira linha.

Para já, a Volvo vai disponibilizar o Volvo EM90 na terra-natal do “patrão” Li Shufu, mas está desde já descartada a hipótese desta nova proposta ficar circunscrita apenas ao mercado chinês. Segundo o construtor, outros mercados se seguirão, pelo que a Europa permanece como uma opção em aberto. Vale a pena ver a revelação:

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