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Susan Sarandon uma vez disse que “mantinha sempre a boca aberta”. “Se as pessoas me estão a ouvir ou não, não sei. Mas faço sempre sugestões”. Pois bem, quando fez a última, em respeito ao conflito entre Israel e o Hamas, o mundo inteiro estava a ouvir. Inclusivamente a sua agência de talentos.

A agência de Hollywood UTA, que assinou com Sarandon, de 77 anos, em 2014, decidiu terminar o contrato, na sequência das declarações proferidas pela mesma em diversas manifestações pró-Palestina, como confirmado à Deadline por um porta-voz.

Nos últimos dias, a atriz vencedora de cinco Oscars foi altamente criticada por ter feito uma comparação entre duas minorias nos Estados Unidos da América (EUA), durante um protesto em Nova Iorque, na sexta-feira passada. “Há muitas pessoas com medo de ser judias neste momento e que estão a sentir o gosto do que é ser muçulmano neste país”, disse, como captado num vídeo publicado nas redes sociais.

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“As pessoas estão a questionar, estão a levantar-se, estão a educar-se e a afastar-se da lavagem cerebral que começou quando eram crianças”, acrescentou, encorajando ainda os presentes a “serem fortes, pacientes, claros e a apoiarem todos os que têm a coragem de se manifestar”.

A atriz, que participou no filme Blue Beetle estreado este ano, acabou por ser não só criticada pela comunidade judaica, como pela muçulmana. “Por favor, não minimize a experiência dos judeus norte-americanos ao desinfetar o inferno que é para os muçulmanos que vivem em países muçulmanos e difamando a América pela vida — e liberdades — que oferece aos muçulmanos. Vá, viva como uma muçulmana num país muçulmano”, sugeriu a jornalista Asra Nomani, numa publicação no X, antigo Twitter.

Saradon também republicou um excerto de um concerto de Roger Waters, ex-vocalista dos Pink Floyd, no Uruguai, onde pedia para se “acabar com o genocídio”. O artista britânico tem sido, nos últimos anos, acusado de ser antissemita, pelas posições contra Israel e contra a comunidade judaica.

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A atriz é mais uma das celebridades a sofrer com o lado do conflito que escolheu, tendo acontecido o mesmo com uma das maiores agentes norte-americanas, que tinha como clientes Tom Cruise e Madonna.

Pouco depois do primeiro ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro, Maha Dakhil, co-diretora da agência Creative Artists Agency, viu-se obrigada a pedir desculpa e a demitir-se, após ter republicado um comunicado da conta Free Palestine, que culpabilizava Israel pelo conflito.

Diversos funcionários e clientes da agência ficaram ofendidos com o que Dakhil publicou e a agente acabou por desculpar-se “pela dor causada” e por agradecer aos “amigos judeus e colegas que” a “educaram” em relação à situação no Médio Oriente.