O ‘centrão’ político está a descer nas intenções de voto e, em contra-ciclo, o Chega está a subir. Na sondagem da Universidade Católica para o Público, RTP e Antena 1, PSD e PS surgem em empate técnico, com vantagem de um ponto percentual do partido liderado por Luís Montenegro (29%) sobre um PS (28%) ainda com liderança por definir. Ambos caem quatro pontos relativamente à mesma sondagem em julho, enquanto o Chega dá um salto de seis pontos percentuais para 16%.

A Iniciativa Liberal também regista uma subida, embora mais ténue que o Chega, de 7 para 9%. Seguem-se o Bloco de Esquerda e a CDU, que obtêm, respetivamente, 6 e 3%. O Livre mantém-se com 2%, enquanto o PAN sobe de 1 para 2%. A mesma subida obtém o CDS, que passa igualmente de 1 para 2%.

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A sondagem, explica o Público, foi realizada entre os dias 15 e 24 de novembro. Ou seja: os resultados já refletem os efeitos do dia (7 de novembro) em que António Costa se demitiu e o seu chefe de gabinete foi detido.

Na mesma sondagem, sobre forma de apoio a um Governo minoritário, a maior parte dos inquiridos (42%) defende uma coligação do PSD com um ou mais partidos à sua direita, enquanto apenas 10% defendem um governo minoritário apenas com o apoio do PSD. Apenas 7% acham que deveria haver um acordo dos partidos de esquerda, sem o PSD

A mesma pergunta feita sobre um governo minoritário do PS, a opção mais escolhida também um acordo com um ou mais partidos à sua esquerda, embora numa percentagem inferior (32%). Não muito longe está a hipótese do PS se coligar com um ou mais partidos à sua direita (27%). Já 22% dizem mesmo que o PS devia deixar a direita governar caso não obtenha maioria.

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