Entrando no sorteio do Euro 2024 a partir do Pote 1, evitando desde logo França, Alemanha ou Espanha, Portugal já sabia que iria escapar às principais seleções europeias. Ainda assim, existia o risco de cruzar com Países Baixos, Itália, Croácia ou Dinamarca — algo a que a Seleção Nacional também conseguiu fugir, ficando no Grupo F contra Turquia, República Checa e um eventual vencedor de um playoff que poderá ser Geórgia, Luxemburgo, Grécia ou Cazaquistão.

Boas memórias contra os turcos, a sombra de Poborský e a hipótese de reencontrar a Grécia: o grupo de Portugal no Euro 2024

Depois do sorteio que decorreu em Hamburgo e onde surgiu acompanhado por João Vieira Pinto, Roberto Martínez não escondeu que Portugal acabou por ter alguma sorte. “Estou satisfeito, porque o formato do Europeu é imprevisível e há três seleções que se apuram e depois é mais difícil saber o caminho. Estamos muito perto dos adeptos portugueses, jogamos nos estádios do Borussia Dortmund, do RB Leipzig e do Schalke 04, e o período entre os jogos ajuda. Os adversários são sempre difíceis, um vencedor de um playoff tem sempre uma positividade especial. A República Checa não tem treinador, é uma incógnita. Conheço a seleção e tem jogadores de alto nível. A Turquia ganhou o grupo do apuramento contra equipas como Croácia ou País de Gales e tem uma boa mistura de talento individual e experiência, o que faz uma equipa muito competitiva”, começou por dizer o selecionador nacional.

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Com o calendário a ditar que Portugal vai disputar a fase de grupos no centro da Alemanha, é possível que a Federação Portuguesa de Futebol volte a colocar a base em Marienfeld, tal como aconteceu no Mundial 2006. “É possível. Agora temos 48 horas para tomar decisões importantes e essa é uma das opções, mas temos outras. Temos de valorizar todos os aspetos dos relvados e as posições estratégicas em relação à preparação. O Grupo F dá-nos um período de tempo para prepararmos o primeiro jogo e isso é importante para nós”, atirou o treinador espanhol, recordando que o jogo de estreia contra a República Checa será o último da primeira ronda da fase de grupos.

Mais à frente, Roberto Martínez comentou o facto de tanto as comitivas da Turquia como da República Checa terem garantido que Portugal surge como “favorito” no grupo. “A nossa força está no balneário. Para nós, os próximos passos importantes serão o estágio de março, finalizar a lista de convocados e depois ter uma preparação perfeita. Os jogos são importantes para crescer. Somos uma equipa que fez um apuramento muito bom, mas isso não nos dá vantagem para o torneio. Precisamos de estar preparados para crescer nos três primeiros jogos. Queremos dar uma alegria aos nossos adeptos para podermos estar preparados com entusiasmo para o dia 18 de junho”, completou, deixando uma análise final aos adversários.

“São diferentes. No futebol moderno precisamos de ter uma flexibilidade tática que nós já demonstrámos. Precisamos de ter mais conceitos para estarmos preparados, mas acho que o vencedor do playoff pode ser muito diferente. Pode ser um Luxemburgo, que conhecemos bem, ou uma Grécia, que é muito competitiva. É mais importante o que nós podemos fazer. Agora temos quatro jogos importantes para finalizar a nossa preparação”, terminou.