Em atualização. 

Um grupo de jovens estudantes de medicina reunidos no movimento “Fim ao Fóssil” bloquearam, esta manhã, a entrada do Ministério da Saúde. Imagens partilhadas pelo grupo no Telegram mostram vários manifestantes colados aos vidros da entrada principal do ministério. “Sem saúde não há paz, com genocídio não há paz” foi a palavra de ordem.

“A crise climática é uma crise de saúde pública”, afirma um porta-voz do grupo no Telegram.

“Como estudante de Medicina, sei que o principal dever dos profissionais de saúde é preocupar-se com a saúde bem-estar das pessoas. Por isso é que estou aqui. Porque a crise climática é uma crise de saúde pública, e se não a travarmos, milhões de pessoas irão morrer e adoecer”, acrescenta Joana Fraga, igualmente porta-voz do grupo.

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Fonte oficial da PSP confirmou ao Observador que alguns manifestantes foram retirados do local, e outros saíram pelo próprio pé. À Lusa, a PSP confirma a detenção de quatro estudantes, três dos quais, diz o grupo no Telegram, terão sido retirados à força por estarem colados à entrada do ministério.

Estudantes protestam também contra o “genocídio” na faixa de Gaza

Esta onda de ações visa reivindicar também um fim ao que apelidam de genocídio na faixa de Gaza. tendo já sido ocupada uma faculdade com o mote “Fim ao Genocídio, Fim ao Fóssil”.

Este ministério devia estar a garantir que o Governo português age contra o massacre que já destruiu todos os hospitais de Gaza e assassinou centenas de profissionais de saúde.

O protesto tem também como mote a vulnerabilidade a que pessoas marginalizadas estarão cada vez mais expostas, num contexto de caos climático. “Neste momento, pessoas trans já são vítimas de discriminação por parte de um sistema de saúde que lhes está constantemente a falhar. O movimento por justiça climática é e sempre foi um movimento por justiça social. Não podemos consentir que ninguém seja deixado para trás.”, sublinhou Joana Fraga.

Esta é já a segunda, de uma série de ações que fazem parte do movimento “Primavera Estudantil pelo Fim ao Fóssil”, que conta com protestos e bloqueios ao funcionamento de outras instituições previstos, como avançou o grupo durante o protesto em 6 de maio que bloqueou a entrada do Banco de Portugal.

Estudantes do Movimento Fim ao Fóssil bloqueiam entrada do Banco de Portugal