Vencer o Eintracht Frankfurt na quarta jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões deixava o Benfica a um passo muito curto de chegar ao lote das oito melhores equipas da Europa. Caso isso acontecesse, as encarnadas garantiam desde logo que terminavam à frente da equipa alemã e, caso o Barcelona, como é normal que aconteça, derrote o Rosengard, então o passaporte para os quartos ficaria mesmo assegurado nesta ronda.

“Precisamos de fazer pontos, três ou um, qualquer uma das perspetivas nos dá vantagem no grupo. Claro que vamos procurar a vitória e os três pontos, pois foi essa mentalidade que nos fez evoluir e que nos dá motivação para continuarmos a ser uma equipa com esta ambição e competitividade de querer fazer sempre melhor”, admitiu a treinadora do Benfica, Filipa Patão.

À semelhança do que aconteceu com o Benfica na primeira volta, o Eintracht Frankfurt também recebia as encarnadas no estádio da equipa masculina, o Deutsche Bank Park. “O adversário tem as suas valias e nós temos de ser competentes também na capacidade de sofrer”, lembrou Filipa Patão. “Tenho a certeza de que vai ser um jogo em que vamos ter de mostrar essa capacidade em alguns momentos e preparámos a equipa ao máximo para essas adversidades”.

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Há uma semana, o jogo só ficou decidido a favor das encarnadas (1-0) aos 71 minutos quando, em pleno Estádio da Luz, Marie Alidou marcou o golo da vitória. Em relação a esse encontro, Filipa Patão levou a cabo duas mudanças. Nycole e Laís Araújo saíram da escolhas inicias para as entradas de Andreia Norton e Ana Seiça.

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Era tudo bom demais para ser verdade e, por isso, o Eintracht Frankfurt vinha com pretensões de arruinar os planos até porque qualidade não faltava à equipa alemã para reverterem uma situação aparentemente negativa. A equipa treinada por Niko Arnautis entrou a mandar no encontro e mesmo que a circulação não fosse perfeita, a velocidade de recuperação compensava. O Benfica teve poucos momentos para ter a bola por isto mesmo. Christy Ucheibe ia resolvendo os momentos de maior aflição.

Ana Seiça, uma central de raiz, era a defesa que fechava à esquerda. A adaptação não correu bem e foi por aquele lado que o o Eintracht Frankfurt mais massacrou. Precisamente no flanco canhoto apareceu Reuteler (28′) que, com espaço para rematar cruzado, bateu Lena Pauels. Devido a alguma lentidão na posse e ao reduzido número de jogadoras em zona de finalização nos raros momentos em que chegou à frente, o Benfica acabaria por chegar ao intervalo sem nenhuma oportunidade de golo.

A presença de Lúcia Alves no corredor central fazia o Benfica perder profundidade sobre a esquerda e, consequentemente, o fluxo de jogo travava. Andreia Norton e Ana Seiça não pareciam ser as melhores opções para caírem naquela zona do terreno. Foi então que Filipa Patão tomou a decisão de lançar Nycole, o que permitiu a Kika Nazareth cair mais sobre a linha. Os resultados apareceram. Numa das várias situações em que a criativa arranjou espaço para cruzar, a camisola dez acabou por encontrar a avançada brasileira que empatou o encontro (71′).

Apesar de não ter conseguido voltar a aproximar-se da baliza contrária, o Benfica também não se colocou em posição de voltar a sofrer até ao terceiro minuto de compensação quando Lúcia Alves derrubou Carlotta Wamser dentro de área e foi assinalada grande penalidade. No entanto, Freigang permitiu a defesa a Lena Pauels que segurou o 1-1. Desta forma, apesar das encarnadas, agora com sete pontos, adiarem um eventual apuramento para os quartos de final, garantem desde já a vantagem no confronto direto contra o rival na luta pelo segundo lugar do grupo A.