Augusto Santos Silva está disponível para continuar na Assembleia da República mas admite que essa continuidade depende de “várias vontades”, entre elas, da nova direção do Partido Socialista, mas também “dos eleitores”. “Este é um momento de humildade”, disse.

À margem de um debate com estudantes que antecede o Congresso dos Jornalistas, o ainda presidente da Assembleia da República assumiu que, em 2022, aceitou “um trabalho até 2026” e não vê “razão para agora o rejeitar”. Ao mesmo tempo, acrescentou: “Há aqui um conjunto de variáveis. A minha própria vontade, as decisões do meu partido, as decisões do eleitorado e a composição da Assembleia”.

Já quanto à composição das listas de candidatos a deputados, Santos Silva — que foi apoiante de José Luís Carneiro — disse não acreditar que viesse a existir uma purga interna. “O PS não é um partido de purgas, de ajustes de contas. Não há no PS uma lógica de bancada parlamentar virada a norte que depois vira toda a leste. Todos os pontos cardeais são integrados e esta é a liderança de todos.”

Neste debate com estudantes, Augusto Santos Silva defendeu que uma das prioridades para a próxima legislatura deve ser a revisão da Lei de Imprensa, que “apesar de ser uma boa lei, é da fase pré-digital”. Além disso, argumentou, é preciso “revisitar as condições de preservação de independência dos jornalistas, o funcionamento dos conselhos de redação e a independência face aos proprietários e ao Estado”.

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