Espanhola, italiana, sueca e turca. Estas são nacionalidades dos quatro tripulantes da missão Axiom 3, que têm como destino a Estação Espacial Internacional. Num esforço conjunto entre a NASA e a SpaceX, empresa detida por Elon Musk, o lançamento deste foguetão estava previsto para ocorrer esta quarta-feira, mas acabou por ser adiado para esta quinta-feira.

De acordo com informação na conta do X (antigo Twitter) da Space X, o lançamento do foguetão foi adiado para que as “equipas concluam verificações de pré-lançamento” e para finalizar a “análise de dados do veículo”. O voo tripulado deverá agora ser lançado esta quinta-feira, às 19h40 em Lisboa (menos cinco horas no horário da costa leste dos Estados Unidos).

Segundo a NASA, esta missão — a terceira com fins comerciais — terá como objetivo estudar o fenómeno da microgravidade, contando com o apoio de “organizações de todo o mundo”.

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A tripulação da missão privada é composta apenas por europeus — algo que nunca aconteceu — e será liderada pelo espanhol Michael López-Alegría, ex-astronauta da NASA nascido em Madrid que também tem nacionalidade norte-americana. Também farão parte da missão o italiano Walter Villadei, o sueco Marcus Wandt e o turco Alper Gezeravcı. Esta será a primeira vez que alguém da Turquia vai ao espaço, um feito que tem sido altamente comemorado pelo Presidente do país, Recep Tayyip Erdoğan.

Se tudo correr como previsto, a missão deverá chegar à Estação Espacial Internacional no sábado.

Japão também tenta chegar à Lua, China envia microrganismo para Marte

Noutras latitudes, o Japão prepara-se para ser o quinto país a tentar chegar à Lua na sexta-feira, após o feito bem-sucedido por parte da Índia. A missão da agência de exploração especial japonesa — chamada “sniper da Lua” — utilizará uma tecnologia sem precedentes, se for bem-sucedida e conseguir sair da órbita da Terra, com o objetivo de procurar água na lua e para apurar quais são as condições para os humanos viverem no satélite natural.

Índia pousou na Lua com metade do dinheiro que a Rússia gastou na missão que caiu

Como lembra a Reuters, a agência de exploração especial japonesa tentou lançar um foguetão para o espaço em março, mas não teve sucesso. Com a ação de sexta-feira, o Japão espera impulsionar o programa espacial do país, rivalizando com as ações da China, que também tem aumentado os esforços nesta área.

Neste sentido, a China enviou esta quinta-feira para o espaço um microrganismo terrestre primitivo para estudar a sua capacidade de sobrevivência em condições semelhantes às de Marte e ajudar a resolver o mistério da possível existência de vida extraterrestre.

O microrganismo, que pertence ao grupo das arqueobactérias e se encontra em ambientes pobres em oxigénio, como os fundos marinhos, os arrozais e os estômagos dos ruminantes, foi transportado nas últimas horas pela nave de carga Tianzhou-7 para a estação espacial chinesa, onde vai ser submetido a uma experiência que o exporá a radiações cósmicas, microgravidade e temperaturas extremas.