Dois navios da Marinha Real britânica colidiram na passada quinta-feira devido a um problema técnico, no Bahrein, no Golfo Pérsico.
O draga-minas HMS Chiddingfold estava em manobras para atracar em frente ao HMS Bangor no Bahrein, onde a marinha britânica mantém uma presença naval, quando se moveu para trás e bateu com a popa (parte de trás) no navio atracado.
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De acordo com fontes citadas pelo Guardian, uma falha na ligação do motor fez com que a instrução de marcha à vante — “a todo o vapor”, como se ouve nos filmes — resultasse em marcha à ré — marcha atrás. Fontes citadas pelo Telegraph, por outro lado, apontam para responsabilidade de “controlos de motor defeituosos”.
Tenha sido falha elétrica ou falha mecânica, o embate deixou uma fenda no casco do HMS Bangor, subtraindo assim um draga-minas aos três destacados para a operação Kipion, o nome operacional da presença aérea e marítima britânica no Oceano Índico e Golfo Pérsico.
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Não há registo de feridos, e o Primeiro Lorde do Almirantado, tutela militar da Marinha Real, deu início a uma investigação na sexta-feira.
O ministro da Defesa, Grant Shapps, afirmou à Sky News que iria aguardar os resultados da investigação, mas recusou que tenha sido provocado por incompetência — concedendo, no entanto, que o incidente era “humilhante”. “Nós não dizemos que é incompetência quando vemos um avião a cair. Num acontecimento raro, como este o é, é correto deixar que os investigadores façam o seu trabalho”, acrescentou.
Uma fonte da Marinha Real avançou ao Telegraph que é “impossível” averiguar o que causou a inversão do sentido do motor. “Não consigo imaginar uma maneira de ser possível deixar a barra (entrada de um porto) com os motores invertidos e não o notar imediatamente”, disse.
Esta não é a primeira vez que o Chiddingfold cruza o caminho de outra embarcação. Em 2021, o mesmo navio colidiu com o HMS Penzance, também um draga-minas e igualmente no Bahrein, provocando estragos no valor de 100 mil libras que deixaram o Penzance fora de serviço por três meses.