Os Jogos Olímpicos são aquela competição de seleções que mais facilmente atrai as grandes estrelas da NBA. O Campeonato do Mundo em si não tem o mesmo sabor e, por isso, no passado verão, os EUA não foram sequer além do quarto lugar. O descalabro não deixou de merecer críticas,mas, dada a importância que os jogadores têm atribuído às últimas edições do torneio, a classificação até não foi má de todo.

Muitos jogadores preferem, em vez de representarem os EUA numa competição que consideram menor, usar a off season para aprimorarem a condição física ou algum aspeto técnico específico, porque o verdadeiro título mundial disputa-se em junho e chama-se NBA. Foi até um tema levantado pelo velocista Noah Lyles que criticou quem olha para um campeonato de âmbito nacional (apenas a equipa dos Toronto Raptors está instalada fora dos EUA, neste caso, no Canadá) como um título mundial. “Vejo sempre as Finals da NBA e quem ganha é campeão do mundo… Campeão do mundo do quê? Dos EUA? Não me interpretem mal, eu amo os EUA, mas não somos o mundo inteiro”, disse o velocista.

“Quem ganha a NBA é campeão do mundo… Campeão do mundo de quê?” Como Noah Lyles irritou os jogadores de basquetebol norte-americanos

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Noah Lyles não conseguiu atrair muitos basquetebolistas para a sua causa. A equipa que os EUA apresentaram no último Mundial esteve longe de representar o potencial máximo do país naquele que, supostamente, seria o palco mais alto da modalidade. Porém, nos Jogos Olímpicos de Paris, Steve Kerr, treinador principal dos norte-americanos, vai ter ao dispor uma panóplia de nomes que podia muito bem ser penalizada por motivos de concorrência desleal ou a qualidade dos jogadores não tornasse todo o torneio quase que uma prequela da cerimónia protocolar que culmina na entrega das medalhas de ouro.

A lista de 41 nomes vai ter que ser reduzida a 12 até ao início do torneio olímpico. Destaca-se o regresso de LeBron James, que está em condições de voltar aos Jogos Olímpicos depois de ter falhado as últimas duas edições. Por sua vez, Stephen Curry pode somar a primeira participação nesta competição. Joel Embiid, o poste que anotou 70 pontos contra os Spurs esta segunda-feira e que esteve perto de se comprometer com a seleção francesa, é também ele uma novidade. Kevin Durant é o único jogador dos pré-selecionados que pode dizer que, caso se confirme a convocatória, participou nas últimas quatro edições dos Jogos Olímpicos.

“Os EUA possuem um talento inacreditável no basquetebol e estou emocionado por muitas das estrelas da modalidade terem manifestado interesse em representar o nosso país nos Jogos Olímpicos de Verão de 2024″, disse Grant Hill, responsável por nomear o lote de possíveis escolhas. “É um privilégio selecionar a equipa que nos ajudará a alcançar o objetivo de estarmos mais uma vez no topo do pódio olímpico. Este processo desafiador desenvolver-se-á nos próximos meses, enquanto antecipamos ansiosamente o início das atividades da seleção nacional”.

Durante a preparação para os Jogos Olímpicos, os EUA vão defrontar o Canadá em Las Vegas. Seguem-se compromissos com o Sudão do Sul e com a vencedora do Mundial, Alemanha, ambos em Londres. Os EUA são os atuais detentores do título olímpico conquistado em Tóquio numa final contra a França. Os norte-americanos têm um total de 16 medalhas de ouro.

Eis a lista completa:

  • Bam Adebayo, Jarrett Allen, Paolo Banchero, Desmond Bane, Scottie Barnes, Devin Booker, Mikal Bridges, Jaylen Brown, Jalen Brunson, Jimmy Butler, Alex Caruso, Stephen Curry, Anthony Davis, Kevin Durant, Anthony Edwards, Joel Embiid, De’Aaron Fox, Paul George, Aaron Gordon, Tyrese Haliburton, James Harden, Josh Hart, Tyler Herro, Jrue Holiday, Chet Holmgren, Brandon Ingram, Kyrie Irving, Jaren Jackson Jr., LeBron James, Cam Johnson, Walker Kessler, Kawhi Leonard, Damian Lillard, Donovan Mitchell, Chris Paul, Bobby Portis, Austin Reaves, Duncan Robinson, Jayson Tatum, Derrick White e Trae Young