Atribui-se um valor diferente aos troféus quando se descobre como é ganhá-los pela primeira vez. Antes de estar embrenhada no calendário internacional, a Liga das Nações podia ser olhada como uma espécie de Taça da Liga. Quando Portugal conquistou a primeira edição, o troféu subiu na hierarquia. É certo que não se trata de um Europeu ou de um Mundial, mas vencer uma prova onde os adversários são as principais seleções do continente não é de menosprezar.

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As duas edições seguintes não correram da mesma maneira. Portugal acabou por cair aos pés daqueles que se viriam a tornar os seus sucessores. Em 2020/21, a França venceu o grupo em que a Seleção Nacional estava inserida e impediu o conjunto à data treinado por Fernando Santos de avançar para a Final Four. A mesma situação aconteceu em 2022/23 quando a Espanha não deixou a equipa das quinas seguir em frente.

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Por não se ter qualificado para a Final Four na edição anterior, Portugal ia integrar o Pote 2 do sorteio da Liga A (espécie de primeira divisão composta por 16 das 54 equipas que participam na Liga das Nações), o que fazia de Espanha, Itália, Croácia e Países Baixos (Pote 1) possíveis adversários. Além disso, o Pote 3 tinha reservadas dois presentes envenenados: França e Alemanha. Ausente do sorteio da Liga A ficou a Inglaterra que desceu à Liga B em 2022/23.

No sorteio realizado em Paris, a Seleção Nacional ficou a saber quem vai ter pela frente. Do Pote 1, a Croácia, seleção que ficou em terceiro lugar no último Mundial e que foi finalista vencida da última Liga das Nações mesmo numa fase em que era apontado o fim da geração dourada de Modric e companhia, foi a equipa sorteada. Seguiram-se a Polónia, do Pote 3, que foi treinada por Fernando Santos depois do Mundial do Qatar, e a Escócia, do Pote 4, adversário que a equipa das quinas não defronta oficialmente desde 1994.

Ao contrário do que aconteceu nas edições anteriores, desta vez, não seguem para a fase a eliminar apenas os primeiros classificados dos quatro grupos. Também os segundos classificados vão ter oportunidade de jogar os quartos de final, que não existiam até aqui e que vão ser disputados a duas mãos para que se decida o alinhamento da Final Four. A Liga das Nações começa a ser jogada em setembro de 2024 e arrasta-se até junho de 2025. Apesar de ser atribuído um troféu apenas ao vencedor da Liga A, as equipas das restantes três divisões defendem-se da despromoção e procuram ascender ao escalão seguinte.