O actor havaiano Jason Momoa, de 44 anos, mede 1,93 m e pesa 97 kg, com mais músculo que gordura, sendo por isso difícil de se acomodar dentro de um automóvel convencional. Daí que a estrela, que participou em filmes como o Aquaman e séries como Guerra dos Tronos e Frontier, tenha optado por um automóvel diferente e que, no mínimo, possui duas características que o deixarão de boca aberta. Não por ser um Rolls-Royce, mas sim por ser um belo Phantom II de 1929, e depois por ter trocado o motor original por uma unidade eléctrica, alimentada por baterias.



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O Phantom II foi fabricado entre 1929 e 1935 e era, provavelmente, o carro mais luxuoso da época. Simultaneamente imponente e elegante, encontrava-se animado por um generoso motor com seis cilindros em linha e 7,7 litros, que fornecia 120 cv, associado a uma caixa manual com quatro velocidades, com a mecânica a garantir uma velocidade máxima de 145 km/h, o que se compreende face ao peso. Momoa pretendia deslocar-se num Phantom II, mas no maior silêncio e, certamente, sem os problemas inerentes a uma mecânica que representava o que de melhor se fazia… há 95 anos. Ou seja, dispensava um motor a babar-se e a queimar óleo, e uma caixa mais temperamental do que uma prima-dona.

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A opção do actor budista foi recorrer aos britânicos da Electrogenic, que electrificam qualquer tipo de carro, mas que se especializaram em modelos clássicos, sobretudo ingleses, aos quais retiram as mecânicas a combustão, substituindo-as por motores eléctricos e um pack de baterias, além das necessárias unidades de gestão de energia. Esta empresa é ainda conhecida por realizar as transformações de carros a gasolina em eléctricos, assegurando que são reversíveis, caso o proprietário deseje um dia desfazer-se do “eléctrico” e vendê-lo com a mecânica original.

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Como espaço a bordo é algo que não falta num Phantom II, a Electrogenic equipou o Rolls-Royce de Momoa com um pack de baterias com 93 kWh de capacidade, que ocupa o espaço à frente, onde até aqui estava o motor de seis cilindros. O motor eléctrico está igualmente à frente e fornece 204 cv, estando ligado ao mesmo veio de transmissão que transmite a potência às rodas posteriores. A empresa britânica foi ainda capaz de fazer funcionar os travões por cabo, escondendo um actuador hidráulico entre o pedal e o sistema que faz funcionar os cabos, o que melhora o desempenho e permite que o sistema funcione em simultâneo com a regeneração de energia, pelo motor, durante as travagens e desacelerações.

A Electrogenic esforçou-se para manter os instrumentos originais do Rolls, ainda que adaptados a outro tipo de funções, directamente ligadas a veículos a bateria. O mais evidente é o indicador do nível de gasolina, que até aqui era um instrumento vertical e que agora recorre a um sistema de LED para informar o condutor da quantidade de energia remanescente no acumulador. O amperímetro passou a indicador do nível de potência exigida ao motor, indicando ainda a potência da energia regenerada.