O Fundão é uma das 64 novas Cidades de Aprendizagem da UNESCO e a única localidade portuguesa a receber agora esse selo, informou na quarta-feira o organismo.

Para o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, a distinção da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês), é “uma grande honra para o concelho e, ao mesmo tempo, uma responsabilidade“.

“Este é um selo mundial que reconhece as excelentes práticas que o município do Fundão e as instituições têm relativamente à aprendizagem ao longo da vida, desde as crianças até aos mais idosos. É também uma valorização daquilo que é a nossa cultura tradicional, sem perder a inovação”, considerou o autarca, em declarações à agência Lusa.

O organismo, que atribuiu a distinção a 64 cidades de 35 países, num total de 365 localidades no mundo, justificou a escolha com o reconhecimento dos “esforços excecionais para tornar a aprendizagem ao longo da vida uma realidade para todos a nível local”.

O presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, destacou que “três questões foram bastante valorizadas” na apreciação da candidatura, submetida em maio de 2023: “a dimensão intergeracional, a dimensão entre o que se faz na conexão entre a cultura tradicional e a componente mais de inovação e a terceira dimensão, que é a interculturalidade“.

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Paulo Fernandes acrescentou que pertencer à Rede das Cidades de Aprendizagem da UNESCO “é um grande estímulo para se ir mais longe”, criando mais programas e disseminando boas práticas.

“Vai dar um incentivo muito grande para aprofundarmos mais a nossas ofertas, para criarmos, de forma participada, com as pessoas, novas soluções”, sublinhou o autarca do Fundão, no distrito de Castelo Branco, sobre a integração na Rede das Cidades da Aprendizagem.

O edil espera que essa estratégia seja motor de inclusão e permita “criar mais valor social, económico, entre todos os atores do território”, além de estimular a “aprender e partilhar”.

“Estamos num mundo em grande mudança, por isso, a aprendizagem ao longo da vida é hoje uma das grandes questões centrais”, referiu ainda à agência Lusa Paulo Fernandes.

O organismo responsável pela seleção das cidades justificou a escolha com a promoção, com êxito, da aprendizagem ao longo da vida das comunidades.

“Um forte empenhamento na aprendizagem ao longo da vida por parte do presidente da Câmara e da administração municipal e um historial de boas práticas e iniciativas políticas são pré-requisitos fundamentais para se tornar uma cidade de aprendizagem”, sublinhou a UNESCO.

Da Rede em Portugal das Cidades de Aprendizagem da UNESCO já faziam parte Câmara de Lobos, Mação, Cascais, Anadia, Lagoa (Açores), Praia da Vitória, Gondomar, Pampilhosa da Serra, Alcobaça, Setúbal, Cantanhede, Batalha, Loures, Ourém e Braga.