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A Transnístria, a região separatista moldava de maioria russa, quer organizar um referendo para passar a fazer parte da Federação Russa, anunciou o líder da oposição naquela região, Ghenadie Ciorba, citado pelo INFOTAG.

O referendo deverá ser aprovado na próxima quarta-feira, dia 28, quando se reunir o congresso de deputados da Transnístria. “No congresso de Tiraspol [a capital da Transnístria], um pedido deve ser expresso em nome dos cidadãos da RPM (República Popular da Transnístria) para aceitar a Transnístria na Federação Russa”, escreveu Ghenadie Ciorba nas redes sociais.

Segundo o líder separatista, a 29 de fevereiro, “Putin anunciará o pedido da região moldava num discurso, e a Assembleia Federal russa [o Congresso da Federação Russa] decidirá rapidamente satisfazer o pedido”.

Ciorba avançou que a decisão do congresso local é uma resposta à pressão económica levada a cabo pelo governo da Moldávia contra a região e servirá para mostrar que “o povo da Transnístria condena as autoridades de Chisinau [a capital moldava]”.

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O líder separatista recorda as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que garantiu que a Rússia “não deixará em apuros os cidadãos que vivem na Transnístria”.

Moldávia denuncia acordo de cooperação com a Rússia

Entretanto, Chisinau já reagiu à intenção da Transnístria de organizar um referendo para passar a fazer parte à Rússia. O porta-voz do governo moldavo, Daniel Voda, acredita que “Tiraspol está ciente das consequências que ações impensadas acarretam” e sublinha que, segundo as informações de que dispõe, o governo moldavo acredita que a situação na região não vai piorar.

UE impõe sanções a seis indivíduos e um grupo paramilitar pró-Moscovo

Numa rápida reação, a União Europeia impôs novas sanções, desta feita contra seis indivíduos e um grupo paramilitar pró-Moscovo que são acusados de “desestabilizar, minar ou ameaçar a soberania e a independência” da Moldávia.

Entre os sancionados está a organização paramilitar pró-Rússia Scutul Poporului e o seu líder, que assim não poderão ser financiados e entrar no bloco europeu. Bruxelas justificou a decisão com “repetidas tentativas para minar o governo democrático da Moldávia, nomeadamente através do incitamento a motins e manifestações violentas”.

Dmitry Milyutin, sub-chefe do departamento dos serviços secretos operacionais do Serviço Federal de Segurança russo, também está sob sanções, dado que está ligado a uma entidade que supervisiona as ações realizadas na Moldávia e na Transnístria.