O grupo norte-americano de armazéns Macy’s, em dificuldades há anos e pressionado por alguns investidores, vai fechar 150 pontos de venda até 2026, para privilegiar a gama alta.
A Macy’s considera que esta operação lhe permite concentrar os seus investimentos em 350 pontos de venda que continuam em atividade, nomeadamente com a expansão de lojas de menor dimensão.
No total são 30% das lojas do grupo que vão desaparecer, uma vez que segundo o site da empresa, tem atualmente 500 espaços comerciais.
O grupo, que tinha em finais de 2022 cerca de 94.500 trabalhadores, indicou em janeiro que reduziria a sua força laboral em 3,5%.
A divulgação desta informação impulsionou as ações da Macy’s na bolsa de Nova Iorque e às 16h00 (hora de Lisboa) as ações subiam 5,5% para 20,38 dólares.
A Macy’s, que também detém 33 armazéns de gama alta Bloomingdale’s e 159 lojas de maquilhagem Bluemercury, indicou que pretende focar-se neste segmento do mercado e, segundo um comunicado citado pela AFP, pretende “tirar partido da sua posição de líder do mercado de luxo”.
No âmbito da nova estratégia divulgada esta terça-feira, o grupo anunciou a abertura de 15 lojas Bloomingdale’s e pelo menos 30 novas lojas Bluemercury.
As cadeias de grandes armazéns, que durante anos atraíam os consumidores aos centros comerciais, têm visto os seus resultados penalizados nos últimos tempos e tiveram de reduzir a sua dimensão, uma situação que piorou com a pandemia de covid-19.
Em janeiro, a Macy’s rejeitou uma oferta de compra da ordem de 5,8 mil milhões de dólares (cerca de 5,4 mil milhões de euros) dos fundos de investimento Arkhouse Management e Brigade Capital Management.