Fez formação no Lyon, transferiu-se ainda novo para o Valencia, foi-se consolidando na equipa de quando em vez a ver o seu nome associado a transferências de grandes clubes que procuram um central distintivo no plano físico que possa também jogar como médio mais defensivo. Aos 27 anos, Mouctar Diakhaby, que em 2022 passou a representar a seleção principal da Guiné depois de ter jogado nas camadas jovens por França. Não tem muitos títulos, a não ser uma Taça do Rei pela equipa che, mas sempre foi uma reserva de garantia de que força não faltaria na equipa que representasse. Agora, esse cenário corre um sério risco.

Real insistia, Bellingham marcou nos descontos mas árbitro acabou jogo antes do remate: a polémica em Espanha com o golo anulado ao Real

A gravidade da lesão contraída no último encontro do Valencia diante do Real Madrid, um polémico empate a dois marcado pelo golo anulado a Jude Bellingham segundos antes de desviar de cabeça na pequena área quando o cruzamento seguia no ar a sua trajetória, podia ser quase medida pela reação de todos os outros jogadores. Após ser empurrado, Aurélien Tchouaméni chocou contra o defesa guineense e rapidamente se viram lágrimas, mãos na cabeça e uma preocupação generalizada pelo que tinha acontecido. O jogador foi retirado de maca, seguiu para o hospital e os primeiros exames confirmaram esses piores cenários.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A batalha vai ser longa mas estou pronto para ela e farei tudo o que se seja possível para regressar o mais rápido que conseguir aos relvados e ainda mais forte”, destacou Diakhaby.

De acordo com o Valencia, o jogador sofreu uma deslocação do joelho esquerdo, estando previsto um tempo de paragem de um ano. No entanto, e ainda antes de pensar em qualquer data de regresso aos relvados, a luta do defesa nascido em Vendôme é outra, a começar pelo mais simples de voltar a andar sem problemas.

“A luxação do joelho fez com que o ligamento cruzado anterior e o ligamento cruzado posterior fossem para a frente. É uma lesão raríssima, o problema mais grave que um jogador de futebol pode ter no joelho. Muito provavelmente rompeu quatro ou cinco ligamentos. É uma lesão selvagem”, começou por explicar Enrique Gastaldi, médico especialista neste tipo de lesões, em entrevista à SER Deportivos Valencia.

“Quando o joelho sofre uma luxação, quer dizer que sai do sítio e que o osso sai do sítio. Por isso é que tem esse romper dos ligamentos. Quando rompe os ligamentos, tem outra complicação porque é necessário garantir que não tenha qualquer lesão vascular. Perante este tipo de lesões, a primeira coisa que tenho de garantir ao paciente é que possa voltar a andar e não tenha mais problemas. Não falamos de menos de nove a 12 meses de baixa porque é o tipo de problemas que não deve ter prazos até pelas operações que tem de fazer”, frisou o especialista, colocando essa fasquia elevada a nível de paragem competitiva.

Já Juan José López Martínez, que é o médico pessoal do tenista espanhola Carlos Alcaraz, reforça que “a primeira coisa a fazer é garantir que o paciente possa voltar a andar”. “Por azar, trata-se de uma lesão muito grave e corre o sério risco de não poder voltar a jogar futebol porque tendem a danificar a cartilagem, que é uma estrutura que depois não se regenera”, apontou em declarações ao Estadio Deportivo.