O Concorde, o avião comercial mais rápido do mundo, fez esta quinta-feira aquela que terá sido a sua última viagem e a mais rara — flutuou pelo rio Hudson, em Nova Iorque. O avião supersónico, que não voa desde 2003, foi transportado para o Intrepid Museum, depois de ter sido restaurado.

Desde a criação do protótipo, em 1962, foram construídos 20 exemplares, mas apenas 16 voaram. O modelo, operado pela Air France e pela British Airways, continua a deter o recorde da viagem transatlântica mais rápida, com um tempo de voo de 2 horas, 52 minutos e 59 segundos.

O jato, de asa delta, que tem sido uma imagem de marca do museu aeronáutico e marítimo, percorreu o rio a bordo de um batelão, com uma paragem noturna em Jersey City, Nova Jersey.

Na rede social X (antigo Twitter), o museu americano localizado ao longo do rio Hudson, partilhou fotografias sobre a “viagem”.

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O site do Intrepid Museum explica que “o Concorde é um produto da cooperação anglo-francesa” e que “quando o Concorde entrou ao serviço transatlântico da Air France e da British Airways, em 1976, era o único transporte supersónico de passageiros operacional no mundo”.

“Com uma tripulação de nove pessoas, o Concorde podia voar a 2.150 km/h a uma altitude de 18.181 metros, altura suficiente para os seus 100 passageiros verem a curvatura da Terra.”

Este Concorde, em específico, fez o seu último voo em 2003, a caminho do Intrepid. A frota destes aviões foi gradualmente eliminada na sequência de um acidente, ocorrido em agosto de 2000, em que um avião se despenhou pouco depois da descolagem em Paris, matando todas as 109 pessoas a bordo.

O último voo de sempre de um Concorde foi efetuado a 26 de novembro de 2003. Esse avião, conhecido como Delta Foxtrot, encontra-se agora no Aerospace Bristol, um museu de aviação no oeste de Inglaterra.